A Polícia Civil do Tocantins concluiu a investigação sobre um caso de estupro de vulnerável envolvendo três irmãs, de seis, sete e dez anos, no município de Nova Olinda. A mãe das crianças e o tio foram indiciados pelo crime. Ambos permanecem presos. As vítimas foram resgatadas no dia 1º de maio e estão sob os cuidados de uma família substituta.
De acordo com o delegado-chefe da 33ª Delegacia de Polícia de Nova Olinda, Fellipe Crivelaro, o tio das crianças amarrou as mãos e a cintura das vítimas antes de abusar sexualmente delas. Após os estupros, ele teria dado R$20 a cada uma das meninas como forma de tentar silenciar o crime.
A mãe, de 25 anos, também foi indiciada. Conforme o delegado, ela assumiu o risco do resultado ao manter as crianças expostas à situação e por sua conduta após tomar conhecimento dos abusos. “Considerando o contexto e o comportamento da mãe diante dos fatos, ela foi indiciada na condição de garantidora”, explicou Crivelaro.
Ainda segundo a polícia, o padrasto das meninas chegou a ser preso, mas não foram reunidas provas suficientes para indiciá-lo. “Com a conclusão do inquérito, sugeri a soltura do padrasto e a manutenção da prisão da mãe e do tio”, informou o delegado.
Entenda o caso
O caso foi descoberto após o Conselho Tutelar ser acionado pela coordenação da escola onde as crianças estudavam. As meninas se recusaram a ir embora com o tio, o que levantou suspeitas por parte da equipe escolar. A Polícia Civil foi imediatamente informada e solicitou a prisão preventiva dos três suspeitos, que foi autorizada pelo Judiciário.
Exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmaram os abusos. Uma das crianças apresentava lesões tão graves que dificultaram a realização do procedimento pericial.
Os dois homens foram encaminhados à Unidade Prisional de Araguaína, e a mulher para a Unidade Penal Feminina de Ananás, onde permanecem à disposição do Poder Judiciário.
Foto: Divulgação PC/TO