Plataforma mostra origem e destino de recursos da Lei Rouanet

Lançada nessa segunda-feira, 7, a ferramenta sistematiza informações públicas extraídas do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), do Ministério da Cultura, com o objetivo de ampliar o acesso a dados como quem recebe e quem doa, além de qualificar o debate sobre políticas culturais no Brasil.

O Painel de Dados da Lei da Rouanet, nova plataforma gratuita desenvolvida pela Prosas, disponibiliza dados sobre a Lei de Incentivo à Cultura de forma interativa.

Lançada nessa segunda-feira, 7, a ferramenta sistematiza informações públicas extraídas do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), do Ministério da Cultura, com o objetivo de ampliar o acesso a dados como quem recebe e quem doa, além de qualificar o debate sobre políticas culturais no Brasil.

Empresas incentivadoras foram organizadas em seção específica, o que possibilita identificar o volume total de patrocínios de conglomerados econômicos, superando limitações de análises feitas apenas por CNPJs individuais.

O painel apresenta ainda um recorte por região, detalhando origem e destino de recursos captados.

Levantamento disponível no portal mostra que projetos culturais captaram quase R$3 bilhões em 2024, um crescimento expressivo em relação aos anos anteriores. Em 2021 e 2022, os valores ficaram em torno de R$2,1 bilhões, com uma leve alta para R$2,3 bilhões em 2023.

O último ano marcou também aumento em indicadores como número de proponentes, projetos apoiados, CNPJs incentivadores e pessoas físicas doadoras.

Empresas sediadas nas regiões Sudeste e Sul tendem a investir em projetos de suas próprias regiões – respectivamente, 83,7% e 76,4%, segundo a plataforma. Já empresas do Norte direcionam apenas 13,2% dos recursos para sua própria região e o restante para Sudeste e Sul.

Ainda assim, observou-se uma leve descentralização territorial dos investimentos. O Sudeste, que em 2021 concentrava 78% dos recursos, passou a reunir 71,9% em 2024. A movimentação, ainda que discreta, indica melhoria na distribuição regional do incentivo cultural.

As três organizações que mais captaram recursos em 2024 foram Museu de Arte de São Paulo (Masp), com R$46,7 milhões, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), com R$40,9 milhões, e Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), com R$36,9 milhões.

As empresas que mais investiram foram Vale (R$189,7 milhões), Petrobras (R$170,4 milhões) e Grupo Itaú (R$122,8 milhões).

O Painel de Dados da Lei da Rouanet conta com patrocínio do Instituto Equatorial e apoio institucional do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (Gife) e da Comunitas.

Organizações que mais captaram recursos em 2024

  1. Museu de Arte de São Paulo (Masp) – R$46,7 milhões
  2. Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) – R$40,9 milhões
  3. Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) – R$36,9 milhões
  4. Orquestra Sinfônica Brasileira – R$35,2 milhões
  5. Instituto Inhotim – R$31,4 milhões
  6. Instituto Vale – R$31,3 milhões
  7. Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) – R$24,7 milhões
  8. Casa Fiat de Cultura – R$22,8 milhões
  9. Fundação Bienal de São Paulo – R$21,9 milhões
  10. Instituto Cultural Amazônia do Amanhã – R$21,3 milhões

 

Empresas que mais investiram em projetos culturais em 2024

  1. Vale – R$189,7 milhões
  2. Petrobras – R$170,4 milhões
  3. Grupo Itaú – R$122,8 milhões
  4. Nubank – R$112 milhões
  5. Shell – R$84,5 milhões
  6. Banco do Brasil – R$69,2 milhões
  7. Grupo Bradesco – R$54,2 milhões
  8. BNDES – R$50,4 milhões
  9. Santander – R$47,4 milhões
  10. Grupo Stellantis – R$32,2 milhões

 

Fonte: Notícias ao Minuto

Notícias Relacionadas
Continue Lendo
Rede Jovem News