Uma ação da Polícia Civil do Tocantins, em conjunto com auditores fiscais da Receita Estadual e da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), resultou no bloqueio de mais de R$3,5 milhões em patrimônio dos investigados, suspeitos de fraudes fiscais. Os policiais investigam uma organização criminosa especializada em fraudes fiscais.
A Operação Orange, deflagrada nesta quarta-feira, 29, cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Gurupi, sul do estado. Segundo a polícia, além do montante milionário, 21 veículos e valores em contas bancárias foram bloqueados.
O delegado responsável pelo caso, Vinícius Mendes de Oliveira, destacou a importância da operação para combater fraudes fiscais: “A atuação da Polícia Civil visa coibir esquemas fraudulentos que impactam diretamente a arrecadação tributária do estado. O uso de ‘laranjas’ para ocultar a real propriedade das empresas demonstra a tentativa de burlar o fisco e dificultar a cobrança dos tributos devidos” disse. “Com essa operação, buscamos desmantelar essa estrutura criminosa e garantir que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados”, afirmou.
Investigações
As investigações começaram após auditores fiscais identificarem irregularidades em um grupo econômico composto por cinco empresas, que geraram dívidas tributárias superiores a R$3,5 milhões em Certidões de Dívida Ativa (CDAs).
Durante as diligências, a Polícia Civil constatou sucessivas alterações nos contratos sociais dessas empresas, com registros em endereços fictícios e administradores que sequer tinham conhecimento da existência das firmas em seus nomes.
Muitos dos “laranjas” eram beneficiários de programas sociais, sem qualquer instrução ou capacidade financeira para administrar os negócios. Além disso, a maioria dos investigados possui antecedentes por crimes contra a ordem tributária.
Segundo a Polícia Civil, as investigações continuam e mais informações devem ser divulgadas conforme o avanço dos trabalhos.
Apreensões e bloqueios
Durante o cumprimento dos mandados, a Polícia Civil busca apreender documentos, arquivos digitais e outros materiais relevantes para a investigação. Também será determinado o bloqueio de veículos e valores, que serão analisados para a possível recuperação dos prejuízos aos cofres públicos.
Orange
O nome da operação faz referência ao modus operandi dos investigados, que abriam empresas no ramo de bebidas e alimentos, acumulavam dívidas tributárias e, em seguida, simulavam a venda dos negócios por valores irrisórios a “laranjas”, pessoas sem condições financeiras para arcar com os tributos.
Com Informações da Secretaria da Segurança Pública do Tocantins
Fotos: Jodacy Filho