Projeto Viola de Buriti do Jalapão participa da 3ª Edição da Mostra Ocupa CCVM, em São Luís, MA

A programação começou ontem terça-feira, 14. O filme traz a história e o legado do cancioneiro de Maurício Ribeiro.

Através de leis e políticas de incentivo à produção cultural tocantinense, projetos como Viola de Buriti do Jalapão, contemplado por edital lançado pelo governo do Tocantins com recursos da Lei Aldir Blanc I, em 2021, ganham visibilidade e atravessam barreiras geográficas. Proposto pelo Instituto Terra Dourada, o documentário dirigido por Núbia Dourado, que conta a história e o legado de Maurício Ribeiro, será exibido na 3ª Edição da Mostra Ocupa CCVM, no Centro Cultural Vale Maranhão, em São Luís, MA, entre os dias 14 e 15 de janeiro, com entrada gratuita a partir das 19 horas.

O documentário busca preservar a Viola de Buriti, em homenagem ao seu precursor Maurício Ribeiro (in memoriam), que dedicou a sua vida a preservar e divulgar essa manifestação artística única. Além de narrar a trajetória do mestre jalapoeiro, o filme reforça o papel da música na valorização das tradições regionais e reflete sobre a importância do instrumento enquanto símbolo de resistência e identidade. A ideia dos responsáveis é de que a produção também seja disponibilizada no YouTube e exibida em escolas públicas do Tocantins, ao longo deste ano.

O representante do Instituto Terra Dourada, Antoniel Lustosa, disse que a iniciativa nasceu do desejo de transformar realidades e valorizar as riquezas tocantinenses. “Como proponente deste projeto, reafirmo nosso compromisso com o fortalecimento das comunidades tradicionais e com a promoção de práticas sustentáveis que respeitem o meio ambiente e as culturas locais. Nosso objetivo é unir forças para impulsionar o protagonismo de povos indígenas, quilombolas e demais comunidades que fazem parte da nossa história. Acredito que juntos podemos construir um futuro mais justo, equilibrado e cheio de possibilidades”, comentou.

A diretora Núbia Dourado explicou que o documentário sobre o projeto Viola de Buriti do Jalapão surgiu em 2021, quando Maurício a procurou para elaborar uma proposta voltada ao edital da Lei Aldir Blanc I. A ideia inicial era levar oficinas às escolas, mostrando como confeccionar o instrumento. Devido às restrições da pandemia, o projeto foi adaptado para o formato virtual, com a gravação de uma websérie e a coleta de depoimentos que resultaram no documentário.

“Foi um momento muito marcante, porque no mesmo ano perdemos o Maurício para a Covid-19. Ele foi um grande amigo e sempre me pediu para ajudá-lo a divulgar a viola de buriti. Este projeto é para ele, por ele e por essa cultura tão linda. Com a exibição na Mostra, sinto que estamos dando um passo significativo na preservação e valorização da nossa cultura tocantinense, fazendo com que ela seja reconhecida e celebrada em toda a Amazônia”, complementou Núbia.

Mostra ocupa CCVM

Os filmes que serão exibidos em São Luís foram selecionados através do edital Ocupa CCVM – Amazônia em Foco. A mostra convidou artistas e fazedores de cultura dos estados que compõem a Amazônia Legal, com propostas de audiovisual, fotografia, artes cênicas, artes visuais, cultura popular, música, literatura, oficinas e eventos que considerem a vasta complexidade da Amazônia, além da intersecção entre linguagens artísticas.

Sobre o proponente

Com criação em 1993, o Instituto Terra Dourada desenvolve projetos com a missão de divulgar a cultura tradicional do Jalapão, com trabalhos voltados ao social, ao ambiental, ao empreendedorismo social e à agroecologia.

Ficha técnica

Direção e Produção: Núbia Dourado
Áudio: Jefter Floriano
Captação de Imagens e Fotografia: Breno Bardo
Assistente de Produção: Leandro Theodoro
Locução: Tina Santos
Realização: Jiquitaia Produções/Instituto Terra Dourada

Fonte: Secult/TO

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