Brasil: gastos com material escolar pesam no orçamento de 85% das famílias

Região Sudeste lidera no consumo de livros e materiais escolares. Setor teve um aumento de 43,7% entre 2021 e 2024.

Uma pesquisa inédita do Instituto Locomotiva e QuestionPro, que ouviu 1.461 pessoas entre 2 e 4 de dezembro, aponta que os gastos anuais com livros e materiais escolares impacta 85% do orçamento das famílias com crianças em idade escolar. O consumo anual dos brasileiros com a volta às aulas gira em torno de R$49,3 bilhões atualmente, um aumento de 43,7% nos últimos quatro anos.

“O impacto das compras de material escolar é ainda maior para as famílias de classe média, especialmente aquelas que se esforçam para manter os filhos em escolas particulares. Para 95% delas, o orçamento fica comprometido, evidenciando que, mais do que uma despesa, esses gastos representam um esforço para investir em educação”, destaca Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Projeções do Instituto Locomotiva, a partir do Índice de Potencial de Consumo (IPC), mostram que as classes B e C concentram a maior parte do potencial de consumo de livros e materiais escolares no Brasil, com estimativas anuais de R$20,3 bilhões e R$17,3 bilhões, respectivamente.

Regionalmente, o Sudeste lidera o potencial de consumo, respondendo por 46% do total nacional, o equivalente a R$23,2 bilhões por ano. Em seguida, aparecem o Nordeste (R$13,8 bilhões), o Sul (R$6,1 bilhões), o Centro-Oeste (R$4,0 bilhões) e o Norte (R$2,6 bilhões).

De acordo com a pesquisa, nove em cada dez brasileiros afirmaram que já estão se planejando para as compras de materiais escolares este ano. Entre os pais de crianças matriculadas em escolas particulares, essa intenção atinge 96%, enquanto entre os pais de alunos de escolas públicas, o índice é de 90%.

Entre as famílias que pretendem comprar materiais escolares para 2025, 87% afirmam que buscarão materiais escolares, 72% pretendem comprar uniformes e 71% irão adquirir livros didáticos.

Sobre a forma de pagamento, parcelar as compras será um recurso para 1/3 dos compradores neste ano. Já 65% afirmaram que irão pagar à vista. O pagamento à vista é mais comum entre as classes A e B (71%), enquanto o parcelamento tem maior adesão na classe C, onde 39% afirmam que dividirão o pagamento.

Fonte: Notícias ao Minuto

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