Black Friday deve faturar R$5,2 bi, segundo CNC

A expectativa é de que o evento, que ocorre no dia 29 de novembro, registre o maior volume de vendas desde 2021 e o sétimo maior desde 2005.

A Black Friday deste ano deve movimentar R$5,22 bilhões, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o que representa um crescimento real de 0,4% em relação ao ano passado, já descontada a inflação. A expectativa é de que o evento, que ocorre no dia 29 de novembro, registre o maior volume de vendas desde 2021 e o sétimo maior desde 2005.

A projeção apontou que os preços de 55% dos 160 itens mais buscados na internet nos últimos 40 dias tiveram queda. Ventiladores lideram as reduções, com queda de 15%, seguidos por tênis femininos (-13%) e hidratantes corporais (-11%). Também aparecem na lista produtos como relógios inteligentes (-9%) e camisetas femininas (-8%).

Por outro lado, alguns itens mantiveram os preços praticamente estáveis, como fritadeiras elétricas e notebooks. Já roupas masculinas tiveram aumentos. Confira a tabela completa das variações de desconto apuradas pela CNC:

  • Ventilador/circulador – 15%
  • Ar-condicionado – 1%
  • Tênis feminino – 13%
  • Lavadora de roupas – 1%
  • Hidratante – 11%
  • Impressora e multifuncional – 0%
  • Smartwatch – 9%
  • Fritadeira elétrica – 0%
  • Camiseta feminina – 8%
  • Jogos para videogame – 0%
  • Perfume feminino – 7%
  • Geladeira – 0%
  • Cafeteira elétrica – 7%
  • Notebook – 1%
  • Purificador de água/filtro – 5%
  • Aspirador de pó e água – 1%
  • Monitor – 4%
  • Calçado feminino – 1%
  • Micro-ondas – 4%
  • Smart TV Box – 2%
  • Celular e smartphone – 3%
  • Tablet – 2%
  • Fogão – 3%
  • Console para videogame – 2%
  • Perfume masculino – 3%
  • Joystick – 3%
  • Calça feminina – 2%
  • Camiseta masculina – 4%
  • Fone de ouvido – 2%
  • Sapato masculino – 6%
  • Caixa de som bluetooth – 1%
  • Tênis masculino – 7%
  • TVs – 1%
  • Protetor solar e bronzeador – 8%

 

A CNC considera que produtos com redução de pelo menos 5% no período são considerados de alto potencial de desconto. Aqueles com quedas inferiores entram na categoria de médio potencial, enquanto os que não tiveram alteração significativa são classificados como baixo potencial.

O levantamento ainda revelou que os setores de móveis e eletrodomésticos (R$1,23 bilhão) e utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$1,18 bilhão) devem liderar o faturamento, concentrando quase metade das vendas. Vestuário, calçados e acessórios (R$1 bilhão) e supermercados (R$960 milhões) também aparecem entre os mais promissores.

Segundo a entidade, o cenário econômico, no entanto, traz desafios. A alta do dólar, cotado a R$5,77, encarece os produtos importados, enquanto os juros médios de 52,3% ao ano tornam o crédito menos acessível. Isso impacta especialmente compras parceladas, comuns em itens de maior valor, como eletrodomésticos.

Apesar disso, o setor se mantém otimista. O volume de importações cresceu 22% em relação ao mesmo período de 2023. Entre agosto e outubro de 2024, a importação dos cem principais bens de consumo duráveis e semiduráveis totalizou US$205,49 milhões.

A Black Friday é uma data de liquidações que nasceu nos Estados Unidos, marcada pelo dia seguinte ao feriado de Ação de Graças. No Brasil, ela já é a quinta data mais importante para o setor, ficando atrás apenas de Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

Para a CNC, a facilidade de comparar preços online tem sido um fator crucial para o aumento expressivo do evento, especialmente no comércio virtual.

Fonte: Notícias ao Minuto

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