Dólar sobe alinhado ao exterior com petróleo fraco e à espera de Campos Neto

Às 09h44 desta quarta, o dólar à vista subia 0,70%, a R$5,5409. O dólar para setembro ganhava 0,60%, a R$5,5420.

O dólar volta a operar em alta frente ao real na manhã desta quarta-feira, 28, pela terceira sessão consecutiva, a despeito da queda dos rendimentos dos Treasuries. Os ajustes dos ativos locais refletem a valorização externa da divisa americana, frente a pares principais e várias moedas emergentes, em meio a uma ampliação das perdas do petróleo.

As preocupações sobre a demanda pela commodity voltam a se sobrepor aos riscos à oferta, depois do choque causado pela interrupção da produção da Líbia. Analistas da BTU Analytics, da FactSet acreditam que o impacto do imbróglio líbio nos preços será de curta duração, uma vez que a Opep+ tem espaço suficiente para compensar o rombo na oferta global.

Os títulos do Tesouro americano acentuaram a queda e puxam os juros dos Bonds europeus para baixo, em uma sessão de agenda esvaziada, que mantém o foco na demanda em leilão de T-notes de cinco anos nesta tarde. No radar dos mercados estão ainda dados de PIB dos EUA, nessa quinta, 29, inflação PCE, na sexta, 30, e o relatório de empregos americano payroll, na próxima semana.

Do lado interno, as atenções ficam na coletiva sobre a revisão dos gastos do governo, no Caged e em palestra do presidente do BC, Roberto Campos Neto (10h00), em conferência anual do Santander. O mercado vem ampliando apostas sobre uma postura mais agressiva do Copom sobre a Selic e aguarda uma definição sobre o novo presidente do BC a partir de janeiro de 2025.

Na noite dessa terça-feira, 27, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera anunciar “em breve” o nome do sucessor do atual presidente do BC. Conversei com Campos Neto de que agosto, ou setembro, seria bom mês para o anúncio, disse o ministro. Também são aguardados entrevista do Planejamento sobre as medidas de corte de gastos do governo e o relatório do Caged, com o resultado da criação de empregos com carteira assinada em julho.

Na agenda, mais cedo, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) ficou estável em agosto, a 101,7 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em julho, o indicador havia atingido 101,7 pontos. Com o resultado de hoje, a média móvel trimestral do índice subiu 1,2 ponto.

Às 09h44 desta quarta, o dólar à vista subia 0,70%, a R$5,5409. O dólar para setembro ganhava 0,60%, a R$5,5420.

Fonte: Notícias ao Minuto

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