O Atlético-MG tropeçou pela quarta vez consecutiva no Campeonato Brasileiro. Perdeu por 2 a 0 para o Fluminense, mandando o jogo no Mineirão e com atuação ruim. Gabriel Milito admitiu que o time passa por crise técnica e elencou as preocupações principais.
“Atravessamos uma crise, e eu sou o responsável por ela, esportivamente falando.”
Diante do Fluminense, que estava na zona de rebaixamento quando entrou em campo, o Atlético-MG não deu sequer uma finalização certa, além de ver Everson sair como o melhor da equipe, apesar dos dois gols sofridos. Os extremos do campo são as principais preocupações do treinador.
Na visão de Milito, o Atlético tem falhado no que diz respeito à marcação e também no acabamento das jogadas ofensivas, seja quando busca aproximações pelo meio-campo, ou quando chega ao fundo para cruzamentos.
“Estamos jogando mal, enfrentando uma crise futebolística preocupante, concedendo gols com muita facilidade. Depois, o meio não está conectando com os atacantes para gerar situações de gol. Partimos para os lados, mas erramos os cruzamentos. Há finalizações, mas sem acerto.”
O treinador citou em várias respostas o momento de crise pelo qual passa o time, inclusive quando foi questionado sobre a possibilidade de alterar o esquema tático. Diante do Fluminense, mais uma vez, entrou com três zagueiros (com Battaglia sendo um deles). Milito não descarta mudanças, mas também não enxerga a situação como principal motivo do momento ruim.
“Pode jogar com quatro defensores, quatro volantes, três atacantes, ou da maneira que seja… não acredito que passe por aí. Não estamos jogando bem porque temos perdido essa fluidez no jogo. Estamos atravessando uma fase realmente ruim. Essa é a realidade. Não acredito que tenha a ver com o sistema, senão eu trocaria, logicamente.
Quando a equipe baixa o rendimento é normal questionar as decisões do treinador, a formação. Mas eu não penso isso, nem descarto variáveis na formação.”
Milito também ponderou que há, em função das atuações recentes, uma falta de confiança por parte dos jogadores. O treinador admitiu que esperava melhora nesse aspecto diante da classificação às quartas de final da Libertadores, batendo o San Lorenzo.
“Acredito que a equipe esteja com falta de confiança. Acreditei que a classificação às quartas da Libertadores nos daria mais ânimo para o Brasileiro. Mas não. Voltamos a ver hoje que a equipe está abaixo do nível que pode ter. Isso me preocupa. Estamos nas quartas de final da Libertadores e da Copa do Brasil, mas o que me deixa mais preocupado é o rendimento da equipe.
Se perde sem bom desempenho, isso é mais preocupante. Há muita coisa para avaliar, falar, tentar estar junto dos jogadores para recuperarem essa confiança, para que voltem a ser jogadores com nível ótimo.”
O tempo para recuperação dos jogadores é mínimo. Na quarta-feira, o time enfrenta o São Paulo, iniciando a disputa das quartas de final da Copa do Brasil, no Morumbi. Pelo Brasileirão, o próximo confronto será diante do Grêmio, no dia 1º de setembro, 16 horas, fora de casa. O Galo pode terminar a atual rodada até na 10ª colocação, com 30 pontos, a 11 do G-6.
Fonte: globo.com