Dos 33 deputados que assinam PL que equipara aborto a homicídio, 11 são mulheres; veja lista

Veja a lista de parlamentares que subscrevem a proposta:

O projeto de lei da Câmara que equipara aborto acima de 22 semanas de gestação a crime de homicídio – mesmo em caso de estupro, feto anencéfalo ou gravidez de risco de vida da mãe – possui 33 autores. Dos deputados que assinam a proposta, 11 são mulheres.

Lista de parlamentares que subscrevem a proposta:

  1. Bia Kicis (PL/DF)
  2. Carla Zambelli (PL/SP)
  3. Cristiane Lopes (União/RO)
  4. Dayany Bittencourt (União/CE)
  5. Coronel Fernanda (PL/MT)
  6. Franciane Bayer (Republicanos/RS)
  7. Greyce Elias (Avante/MG)
  8. Julia Zanatta (PL/SC)
  9. Lêda Borges (PSDB/GO)
  10. Renilce Nicodemos (MDB/PA)
  11. Simone Marquetto (MDB/SP)

 

Os outros 2/3 dos signatários da proposta são:

  • Abilio Brunini (PL/MT)
  • Capitão Alden (PL/BA)
  • Sóstenes Cavalcante (PL/RJ)
  • Evair Vieira de Melo (PP/ES)
  • Delegado Paulo Bilynskyj (PL/SP)
  • Gilvan da Federal (PL/ES)
  • Filipe Martins (PL/TO)
  • Dr. Luiz Ovando (PP/MS)
  • Bibo Nunes (PL/RS)
  • Mario Frias (PL/SP)
  • Delegado Palumbo (MDB/SP)
  • Ely Santos (Republicanos/SP)
  • Dr. Frederico (PRD/MG)
  • Delegado Ramagem (PL/RJ)
  • Junio Amaral (PL/MG)
  • Pastor Eurico (PL/PE)
  • Eduardo Bolsonaro (PL/SP)
  • Pezenti (MDB/SC)
  • Nikolas Ferreira (PL/MG)
  • Eli Borges (PL/TO)
  • Fred Linhares (Republicanos/DF)

 

Tramitação

Na última quarta-feira, 12, a Casa aprovou a urgência de votação do PL em uma iniciativa de enfrentamento ao Supremo Tribunal Federal (STF). A votação aconteceu de modo simbólico e sem que o nome do projeto fosse citado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL). Alguns parlamentares sequer perceberam o que estava sendo definido. Houve reclamações sobretudo do PSOL, que é contrário à iniciativa.

O projeto tem o apoio da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) e da bancada da bala, três dos grupos mais conservadores do Legislativo Brasileiro. A votação de urgência acelera a tramitação do projeto.

Com a urgência aprovada, a matéria é analisada diretamente no Plenário, sem precisar passar antes por discussões em comissões temáticas da Câmara. A expectativa do autor da proposta, Sóstenes Cavalcante (PL/RJ), e do presidente da FPE, Eli Borges (PL/TO), é que o mérito seja votado na semana que vem. Contudo, ainda há indefinição quanto à data. O governo negocia uma alteração no texto, por considerá-lo muito duro e aponta que o acordo seria só para a urgência.

Porém, o projeto ainda deve ter um relator designado pelo presidente da Casa, que prometeu uma “mulher, de centro e moderada”, para a avaliação da proposta.

“Vamos fazer uma relatora mulher, de centro, moderada, para que possa dar espaço a todas as correntes que pensam diferente”, afirmou o presidente da Câmara em uma conferência em Curitiba, PR, nessa quinta, 13.

Segundo a proposta, a pena para a mulher que interromper uma gestação com mais de 22 semanas é de seis a 20 anos de prisão. Hoje, a pena para estupro é de seis a dez anos de prisão, ampliada para até 12 anos, caso o crime envolva violência grave. Se a vítima for menor de 14 anos ou considerada vulnerável por algum outro motivo (como deficiência mental), a lei prevê reclusão de oito a 15 anos, ampliada a no máximo 20 anos, se houver lesão corporal grave.

Fonte: Notícias ao Minuto

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