PF prende dois suspeitos de ameaçar família de Moraes

Uma das prisões foi realizada em São Paulo e a outra no Rio de Janeiro.

A Polícia Federal prendeu nessa sexta, 31, dois suspeitos de envolvimento em ameaças contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e seus familiares.

Uma das prisões foi realizada em São Paulo e a outra no Rio de Janeiro. Esta última é de um fuzileiro naval da ativa, segundo a Folha de S. Paulo apurou.

A PF falou em “violentas ameaças” contra familiares de Moraes e informou que também está cumprindo cinco mandados de busca e apreensão nas mesmas cidades. Segundo a corporação, as medidas foram solicitadas pela PGR (Procuradoria Geral da República).

“A Polícia Federal cumpre, nessa sexta-feira (31.05), mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de complementar as evidências em torno de violentas ameaças sofridas por familiares de um ministro daquela corte. As medidas foram solicitadas pela Procuradoria Geral da República (PGR)”, disse a PF, em nota.

Em entrevista ao jornal O Globo em janeiro, Moraes disse que as investigações dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 revelaram três planos para matá-lo.

“O primeiro previa que as Forças Especiais do Exército me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, disse o ministro, à época.

“E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes”, completou.

Moraes é o relator no STF dos inquéritos que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados mais próximos.

O ministro está de saída da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que será assumido por Cármen Lúcia na segunda, 3. Sob sua gestão, a corte eleitoral teve como uma das principais bandeiras o combate à desinformação e disseminação de fake news, em especial contra o sistema eleitoral.

Nas duas cortes, o ministro atuou em julgamentos e relatou investigações que desagradaram os bolsonaristas e resultaram em ameaças contra o ministro.

No inquérito das milícias digitais, principal apuração que mira Bolsonaro, a Polícia Federal investiga o planejamento pelo ex-presidente e seus aliados de um golpe que tinha como um dos objetivos tirar Moraes do TSE e do STF.

Como mostrou a Folha de S. Paulo, uma das minutas de golpe debatidas pelo ex-presidente, militares e assessores próximos previa a decretação de estado de defesa na sede do TSE.

Fonte: Notícias ao Minuto

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