Brasil tem mais de 590 mil casos de Covid-19 desde janeiro de 2024

Embora o cenário da doença não seja tão grave quanto em 2020, ela ainda representa uma ameaça para a saúde pública e acarreta diversos riscos, desde a saúde até a economia.

Desde o início do ano até 17 de maio, o Brasil registrou 3.452 mortes por Covid-19 e mais de 590 mil novos casos, segundo dados da Plataforma Coronavírus do Ministério da Saúde.

Embora o cenário da doença não seja tão grave quanto em 2020, ela ainda representa uma ameaça para a saúde pública e acarreta diversos riscos, desde a saúde até a economia. Este ano, por exemplo, a Covid-19 causou mais mortes do que a dengue, com 3.400 óbitos em comparação a 2.715.

São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são os estados com os maiores índices de casos.

“É importante ressaltar que, embora a pandemia tenha acabado, o vírus causador da doença, SARS-CoV-2, ainda está em circulação. Adaptado aos humanos, ele é mutante e está em constante evolução, o que favorece o surgimento de novas variantes. Portanto, não podemos deixar de nos vacinar com vacinas atualizadas, tanto contra a Covid-19 quanto contra outras doenças infecciosas. A vacina ainda é a melhor estratégia para combater o vírus”, diz o Dr. Sérgio Cimerman, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Desde o início do ano, a vacina contra a Covid-19 foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. A medida foi tomada com base em evidências científicas e dados epidemiológicos de casos e óbitos pela doença no país. A nova vacina atualizada já está disponível nos postos de saúde para grupos prioritários, como pessoas com 60 anos ou mais, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, que devem receber duas doses anuais, além de populações mais vulneráveis a complicações da doença.

De acordo com informações do Ministério da Saúde e estudos recentes da Fiocruz e da OPAS/OMS, entre 10% e 20% dos pacientes recuperados da Covid podem desenvolver a Covid longa, também conhecida como Síndrome Pós-Covid-19. Isso pode afetar entre 2,8 milhões e 5,6 milhões de brasileiros.

A Covid-19 longa se caracteriza por uma variedade de sintomas (mais de 200 registrados), que podem persistir ou aparecer até três meses após a infecção inicial, incluindo problemas respiratórios, neurológicos e psicológicos. Esses sintomas prejudicam, significativamente, a qualidade de vida dos pacientes, afetando atividades diárias, desempenho profissional e interações sociais por meses após a infecção primária. As sequelas apareceram em pacientes que tiveram Covid-19 leve ou assintomática, moderada ou grave, e em todas as faixas etárias de 18 a 94 anos. Dentre os que tiveram quadro assintomático ou leve, 59% desenvolveram manifestações da Covid longa.

O Ministério da Saúde reconhece a necessidade de criar protocolos específicos para o monitoramento e tratamento desses casos. Estudos recomendam uma abordagem multidisciplinar para a reabilitação, especialmente para populações vulneráveis, que muitas vezes têm menos acesso a cuidados de saúde. Além disso, iniciativas legislativas como o Projeto de Lei nº 5.026/2020 estão sendo discutidas para assegurar assistência contínua aos pacientes com sequelas da Covid-19.

Para garantir que as vacinas contra a Covid-19 proporcionem a resposta imunológica mais adequada contra as variantes dominantes do vírus em circulação, agências reguladoras como a OMS e a FDA recomendaram a atualização das vacinas para uma composição monovalente específica. No Brasil, a vacina atualizada protege contra as sublinhagens Ômicron XBB e cepas atualmente circulantes do vírus SARS-CoV-2, incluindo JN.1.

De acordo com o Ministério da Saúde, 12,5 milhões de doses da vacina atualizada serão destinados ao PNI e poderão ser aplicados em bebês a partir de seis meses de vida. Crianças não vacinadas de seis meses a menores de 5 anos, sem infecção prévia conhecida por SARS-CoV-2, devem receber duas doses do imunizante. A dose de reforço anual será aplicada gratuitamente para grupos prioritários acima de cinco anos de idade, com intervalo mínimo de três meses desde a última dose de qualquer vacina contra a Covid-19. Imunocomprometidos a partir de cinco anos, gestantes/puérperas e idosos com 60 anos ou mais devem ser imunizados com duas doses anuais, com intervalo mínimo de seis meses entre cada aplicação.

“A possibilidade de apoiar o Ministério da Saúde por meio da parceria com a Adium-Moderna é motivo de orgulho para a empresa. Estamos disponibilizando para a população brasileira a vacina mais atualizada para Covid-19, que possui alta qualidade, segurança e eficácia”, afirma Glaucia Vespa, diretora médica regional da Adium para vacinas na América Latina.

Com apoio da SBI, a Adium está promovendo a campanha Vacina Brasil. A iniciativa visa conscientizar a população sobre os riscos atuais da Covid-19 e a importância da vacina para a prevenção da doença e suas formas graves, ampliar a taxa de vacinação no Brasil e, assim, contribuir para a melhoria da saúde pública.

Fonte: Notícias ao Minuto

Notícias Relacionadas
Continue Lendo
Rede Jovem News