O mercado movimentou-se com altas cifras no início do ano; o Flamengo pode ter uma janela de transferências intensa novamente. Com uma saída já confirmada, Gabigol envolvido em polêmica e outras pendências, o rubro-negro passa a mapear os próximos passos.
Panorama de mercado
O Flamengo já sabe que vai perder Fabrício Bruno. O clube acertou a venda do zagueiro por um valor que considerou irrecusável, cerca de 15 milhões de euros (R$83,6 milhões). As altas cifras e o desejo do jogador de ir para a Europa fizeram com que a negociação fosse concretizada.
Com a chegada de Léo Ortiz, o clube também buscava se cercar em caso de saídas. O ex-Red Bull Bragantino possivelmente assume a titularidade e o clube planeja ir ao mercado por uma reposição no banco. A tendência, porém, é que seja um investimento de menor escalão, já que David Luiz e Cleiton são alternativas.
No ataque, os olhos do mercado estão em Gabigol. Alguns clubes do futebol brasileiro já estão se movimentando para tentar tirar o atacante do Flamengo ainda no meio do ano, como Cruzeiro e Athletico-PR. O Corinthians ainda observa. Vale lembrar que ele pode assinar pré-contrato com qualquer equipe no meio do ano.
Outro que pode chamar a atenção é Lorran. Em ascensão no Flamengo, o jovem já é monitorado por clubes da Europa, mas ainda não há movimentação até o momento. Por isso, a diretoria já está bem adiantada em uma renovação até 2029. Como completa 18 anos em julho, ele poderá assinar um vínculo de cinco anos. O atual é até o fim de 2025.
Uma renovação que está parada no momento é a de Erick Pulgar. Como antecipado pelo ge, o volante iniciou as conversas com o clube, mas a diretoria não deu andamento ainda. O contrato dele é até 2025.
A janela de transferências no Brasil acontece entre 10 de julho e 2 de setembro. Na Europa, a abertura será em 14 de junho.
Quanto pode investir
O Flamengo ainda tem uma margem para investir. Depois dos altos valores da primeira janela de transferência, o clube tinha de sobra algo na casa dos 3 milhões de euros (R$16,72 milhões) para contratações.
Carlinhos reduziu um pouco esse valor inicial. O atacante custou 600 mil euros (R$3,3 milhões), que foi o pagamento por 70% dos seus direitos ao Nova Iguaçu. Sobram, portanto, cerca de R$2,4 milhões.
As saídas de jogadores também dão maior folga no orçamento. Uma venda grande como a de Fabrício Bruno ajuda ainda mais na hora de o departamento de futebol fazer as negociações futuras. O Flamengo também vendeu no primeiro semestre Thiago Maia, Matheuzinho e Santos.
Altos valores
De la Cruz teve o maior peso nas contas porque foi pago à vista. A operação custou R$102 milhões, sendo R$9,73 milhões em comissões e o restante pago ao clube argentino.
Matias Viña e Léo Ortiz tiveram menos impacto imediato. Eles vão ser pagos de forma parcelada. A operação total pelo brasileiro custou R$40,296 milhões (R$37,662 milhões em direitos e luvas + R$2,634 milhões em intermediação). Já a do uruguaio foi R$49,381 milhões (R$43,554 milhões em direitos e luvas + R$5,827 milhões em intermediação).
O total do investimento em contratações nessa janela atingiu R$191.751 milhões. No primeiro trimestre, houve um impacto direto no caixa do clube de cerca de R$115 milhões. Ainda assim, o Flamengo tem R$135,7 milhões disponíveis em aplicações e investimento.
Fonte: Notícias ao Minuto