Prejuízo de mais de R$74 milhões: PF realiza operação que investiga desvios do PreviPalmas

Segundo os policiais, entre os suspeitos, estão empresários, agentes públicos e políticos.

Já nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 24 de maio, a Polícia Federal (PF) realizava buscas em endereços de Palmas. Os policiais cumprem 27 mandados de busca e apreensão relacionados à operação que investiga um prejuízo de mais de R$74,4 milhões no Instituto de Previdência Social do Município de Palmas. Segundo a PF, entre os suspeitos, estão empresários, agentes públicos e políticos.

A PF informou que a operação apura se os envolvidos estariam direcionando aplicações do PreviPalmas de R$50 milhões em fundos sem liquidez, o que pode ter gerado o prejuízo de R$74.433.036,70.

Os mandados estão sendo cumpridos no Tocantins, em Palmas, Araguaína, Paraíso do Tocantins; em São Paulo, na capital e em Piracicaba; no Rio de Janeiro, na capital e em Petrópolis. A polícia realiza buscas também em João Pessoa, PB, no Oiapoque, AP, e em Santo Antônio de Goiás, GO.

Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Tocantins. Segundo os policiais, o próximo passo será identificar todas as pessoas envolvidas e recuperar os recursos, supostamente, desviados.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, peculato e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 46 anos de prisão.

De acordo com as investigações, há indícios de que o valor apropriado seria de reservas do PreviPalmas e que a ação dos suspeitos coloca em risco a previdência social dos servidores do município.

A prefeitura de Palmas informou que a operação investiga investimentos irregulares realizados na gestão passada e que apurou, por meio de auditoria, e em seguida judicializou uma ação em 2018. Informou também que o PreviPalmas e o executivo seguem à disposição para colaborar com as investigações.

Durante a operação, a PF, por determinação da Justiça, também realizou o sequestro de bens.

O nome escolhido, Operação Moiras faz referência, na mitologia grega, a três irmãs (Moiras), que determinavam os destinos dos deuses a seres humanos.

Com informações da Polícia Federal

Fotos: Divulgação PF

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