Tragédia no RS: sobe para 113 o número de mortos

Diante das enchentes que deixaram mais de cem mortos no Rio Grande do Sul nos últimos dias, gaúchos têm buscado refúgio com parentes ou amigos em outros estados, como Santa Catarina.

As fortes chuvas do Rio Grande do Sul deixaram 113 mortos até a manhã desta sexta-feira, 10. O número pode crescer nos próximos dias, uma vez que há 146 desaparecidos, segundo a Defesa Civil gaúcha, e um óbito em investigação. Os mortos estão em 44 cidades, conforme a Defesa Civil. Há, também, 756 feridos.

Diante das enchentes que deixaram mais de cem mortos no Rio Grande do Sul nos últimos dias, gaúchos têm buscado refúgio com parentes ou amigos em outros estados, como Santa Catarina.

Conforme o boletim das 9 horas, também há 69 mil pessoas em abrigos montados para socorrer as vítimas que não têm para onde ir. Dos 497 municípios, 435 acabaram afetados pela tragédia.

Também são, ao menos, 163 mil pontos sem energia (o número é maior, porém a RGE Sul não informou a quantidade de pontos na manhã desta sexta) e 385 mil imóveis continuam sem água no estado.

As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 338 mil alunos acabaram impactados. Nesta sexta, são 976 escolas afetadas, 444 danificadas e 74 servindo de abrigo.

A tragédia tem sido comparada ao furacão Katrina, que, em 2005, destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.

Profissionais de saúde apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e inexistência de uma coordenação centralizada de decisões. Colapso nos hospitais, dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas.

Situação no RS após as chuvas

  • 113 mortes
  • 146 desaparecidos
  • 756 feridos
  • 69.617 desabrigados (quem teve a casa destruída e precisa de abrigo do poder público)
  • 337.116 desalojados (quem teve que deixar sua casa, temporária ou definitivamente, e não precisa necessariamente de um abrigo público – pode ter ido para casa de parentes, por exemplo)
  • 1.916.070 pessoas afetadas no estado

 

O nível da água do Guaíba, que inundou a capital Porto Alegre, caiu para 4,74 metros na medição do cais Mauá às 7 horas desta sexta, conforme informações da Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic). No sábado, 4, ele havia chegado a 5,30 metros, conforme o Ceic.

O lago é considerado inundado quando atinge 3 metros de altura. Há um alerta que é emitido quando o nível da água está em 2,5 metros.

Por isso, mesmo com a diminuição no volume de água do Guaíba, ruas e avenidas da capital gaúcha continuavam alagadas nessa quinta.

Ao mesmo tempo, o governo gaúcho alertou na segunda-feira para o risco de enchentes nos municípios localizados às margens da Lagoa dos Patos. A água que bloqueia ruas da região metropolitana desce pela lagoa em direção ao mar, o que pode acontecer rapidamente ou de forma mais lenta, dependendo da direção do vento.

A volta da chuva e de ventos fortes à região de Porto Alegre nessa quarta-feira, 8, fez a prefeitura paralisar o resgate das vítimas das enchentes históricas. A previsão, segundo o Inmet, é que a temperatura caia no Rio Grande do Sul nesta semana.

Saiba a diferença entre os termos

Afetado: Qualquer pessoa que tenha sido atingida ou prejudicada por um desastre, como feridos, desalojados, desabrigados e pessoas que perderam sua fonte de renda

Desalojado: Pessoa que foi obrigada a abandonar, temporária ou definitivamente, sua habitação, em função de evacuações preventivas, destruição ou avaria grave, decorrentes do desastre, e que não necessariamente carece de abrigo provido pelo sistema

Desabrigado: Desalojado ou pessoa cuja habitação foi afetada por dano ou ameaça de dano e que necessita de abrigo provido pelo estado

Com informações do Glossário de Defesa Civil

Fonte: Notícias ao Minuto

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