Várias pessoas, num total de 24, envolvidas com crimes de organização criminosa, associação para o tráfico e outros delitos foram condenadas pela Justiça, nessa quinta-feira, 9, a penas que ultrapassam 26 anos de reclusão. As investigações realizadas pela Polícia Civil do Tocantins, por meio da 12ª Delegacia de Augustinópolis, ocorreram no extremo norte do estado.
“Em meados de 2022, a cidade de Augustinópolis sofreu com uma repentina série de crimes praticados por uma organização criminosa oriunda do Maranhão. Apesar de atuar principalmente no tráfico de drogas, a organização criminosa chegou a realizar execuções de rivais à época, postando as filmagens em redes sociais, com objetivo de aterrorizar a população e reafirmar a sua suposta e autoproclamada autoridade no submundo do crime”, destacou o delegado-chefe da 12ª DP, Jacson Wutke.
Operação Absterge
De forma rápida, eficiente e comprometida com a ordem pública, de acordo com a Polícia Civil do Tocantins, a Operação Absterge mobilizou mais de 100 agentes da segurança pública. A ação contou com apoio do Ministério Público do Tocantins, da Polícia Militar, da Polícia Penal e do Centro Tático Aéreo (CTA).
Segundo informações dos policiais, a operação trouxe os seguintes resultados: mais de 60 mandados judiciais cumpridos, 31 pessoas presas, diversas armas de fogo e drogas apreendidas, além de outros objetos de interesse da investigação.
Condenações
Instalado o devido processo legal, a Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis, por sentença assinada pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, condenou todos os integrantes da facção criminosa pela prática dos crimes de organização criminosa, associação para o tráfico e outros. As penas variam de 18 anos e quatro meses a 26 anos, cinco meses e 15 dias de reclusão, além de multa.
O delegado Jacson Wutke, responsável pela Operação Absterge, ressaltou que as condenações são resultado do excelente trabalho investigativo realizado pela Polícia Civil, com o apoio das demais forças de segurança e a integração com o Poder Judiciário e o Ministério Público.
“Mais que trazer respaldo à atuação das forças de segurança pública, o pronunciamento do Poder Judiciário, com a condenação de todos os integrantes da organização criminosa, mostra que, aqui, efetivamente vivemos sob o império da lei. Não há e jamais haverá espaço para o crime em Augustinópolis ou qualquer parte do território tocantinense. É, sem dúvida, uma resposta à altura dos graves crimes praticados em nossa comunidade”, finalizou.
Todos os réus estão presos em diversas Unidades Penitenciárias do Estado do Tocantins desde a deflagração da operação, sendo negado o direito de recorrerem da sentença condenatória em liberdade.
Com Informações da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins
Fotos: Patrícia Paiva/Divulgação