Análise: Palmeiras com “nervos de aço” tem outra vitória eletrizante e mostra que não se abala fácil

Verdão martelou o segundo tempo inteiro, mas levou empate do Botafogo-SP já no fim e arrancou a vitória na marra, no último lance. Lázaro, Estêvão e Endrick são os destaques no jogo.

O Palmeiras deu mais uma demonstração dos seus “nervos de aço” na vitória por 2 a 1 sobre o Botafogo-SP, no Allianz Parque, pela Copa do Brasil. Quando tudo parecia ter dado errado, o time de Abel Ferreira mostrou ao torcedor (de novo) que não se deve parar de assistir aos seus jogos antes do apito final.

Na quarta-feira passada, a virada na Conmebol Libertadores, já nos acréscimos, contra o Independiente del Valle, após sair perdendo por 2 a 0 na altitude de Quito, no Equador, foi um exemplo. Uma semana depois, outro roteiro emocionante, com o gol de Estêvão aos 52 do segundo tempo.

O garoto de 17 anos de idade foi o grande nome do Verdão, que teve uma equipe modificada diante do Botafogo-SP. Raphael Veiga, mesmo em má fase, foi mantido como titular e acabou como o jogador ofensivo mais apagado, atuando junto de Estêvão, Lázaro e Endrick.

Já nos primeiros minutos, o Palmeiras começou em ritmo intenso, sufocando a saída de bola adversária. Mas havia uma dificuldade, que marcou todo o primeiro tempo: a dificuldade de furar a linha de cinco defensores do time de Ribeirão Preto, SP, e entrar na área rival.

A saída era ter paciência, rodar a bola de um lado para o outro e buscar as jogadas principalmente pelos lados, com as duplas Mayke e Estêvão na direita, Lázaro e Caio Paulista na esquerda.

O problema é que o Botafogo-SP também conseguiu encaixar contra-ataques perigosos e teve duas chances claras para marcar. Com a posse, mas sem presença de área, o Palmeiras tinha em Estêvão o jogador que mais tentava jogadas, na ponta direita.

Abel Ferreira tentou corrigir o problema no intervalo com uma troca que muitos podem considerar impopular. A saída de Veiga era pedida por muitos torcedores; o desejo foi atendido pelo técnico. Mas, em vez de colocar Luis Guilherme ou Rômulo, a opção acabou sendo Rony.

Havia um motivo: a ideia da comissão técnica era colocar mais gente na área do Botafogo-SP e começar a dificultar o trabalho da linha de cinco. Com mais jogadores perto do gol, o Verdão abriu o placar justamente com o camisa 10, depois de jogada de Endrick e passe de Mayke.

Se no primeiro tempo o Palmeiras teve mais sustos, a etapa final foi de domínio, mas o segundo gol não saía. Rony chegou a marcar, só que o lance foi anulado pelo VAR, para muita contestação de Abel Ferreira.

O próprio camisa 10 teve outra chance claríssima, sem goleiro, mas acabou atrapalhado por Estêvão. O que poderia ser uma vantagem interessante na primeira partida da Copa do Brasil começou a se tornar um jogo perigoso. E o castigo veio aos 45 minutos.

Marcelo Lomba, depois de duas belas defesas e atuação segura, não conseguiu defender o chute de Patrick Brey. Resultado: jogo empatado nos acréscimos e, ao que tudo indicava, um resultado amargo para o Palmeiras.

Mas aí entrou a resiliência da equipe mais uma vez. O Verdão se manteve no ataque e no último lance viu Rômulo fazer o desarme e acertar uma invertida precisa para Estêvão, o grande nome do jogo, marcar no último lance e definir a vitória.

Depois de 27 finalizações (10 no alvo), 66% de posse de bola, o Palmeiras venceu de maneira justa, apesar dos sustos em 11 tentativas de gol do Botafogo-SP.

Além de Estêvão, que vai pedindo passagem aos 17 anos de idade, Lázaro fez seu melhor jogo desde que chegou e Endrick subiu muito de rendimento com a entrada de Rony. Rômulo, apesar de poucos minutos, foi decisivo e ganhou elogios de Abel Ferreira.

Não foi um jogo maravilhoso, o Verdão tem seus problemas, mas chama a atenção a força mental para não desistir em cenários adversos. Como diz uma das músicas da torcida alviverde, este time luta sem parar.

Fonte: Notícias ao Minuto

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