.O presidente dos Estados Unidos Joe Biden defendeu esta quinta-feira o direito ao “protesto pacífico” mas deixou claro que “a ordem deve prevalecer”, na sequência das dezenas de detenções feitas pela polícia após desmantelar o acampamento montado por estudantes da Universidada da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, no campus da instituição.
“A dissidência é essencial para a democracia”, disse Biden antes de clarificar:
“Mas a dissidência nunca deve levar à desordem”.
O presidente norte-americano rejeitou apelos ao envio da Guarda Nacional para pôr fim à onda de protestos estudantis pró-Palestina.
“Este não é um momento para a política. É um momento de clareza. Deixem-me ser claro… o protesto violento não é protegido, o protesto pacífico é”, declarou.
“Destruir propriedade não é um protesto pacífico. É contra a lei. Vandalismo, invasão de propriedade, partir janelas, encerrar campus, forçar o cancelamento de aulas e formaturas, nada disto é um protesto pacífico”, insistiu Biden, que ressaltou a importância do direito à educação.
“As pessoas têm o direito de obter uma educação, o direito de obter um diploma, o direito de atravessar o campus em segurança sem medo de serem atacadas”.
O presidente norte-americano salientou ainda que não pode haver lugar “em nenhum campus, em nenhum lugar da América” para “o antissemitismo ou ameaças de violência contra estudantes judeus”.
Washington mantém posição sobre a guerra
Joe Biden referiu que a vaga de manifestações pró-Palestina em universidades norte-americanas não o fará reconsiderar a sua abordagem à guerra na Faixa de Gaza.
A tomada de posição do líder da Casa Branca sobre os protestos dos universitários aconteceu pouco antes de ele deixar a Casa Branca para uma viagem à Carolina do Norte.
Os republicanos trouxeram o tema para a pré-campanha eleitoral mas Biden disse que se recusava a utilizá-lo para “marcar pontos políticos”.
Os agentes da polícia demoraram cerca de três horas a desmontar um acampamento pró-Palestina na UCLA, ao início da manhã desta quinta-feira, prendendo dezenas de manifestantes, que foram colocados em autocarros, numa prática já utilizada na desmobilização das manifestações nas universidades de Columbia e do Texas.
Fonte: euronews.pt