Crianças suspeitas de sofrer tortura são afastadas da família em Colinas; entenda o caso

As investigações terão continuidade para que a Polícia Civil possa elucidar todas as circunstâncias do caso e promover as ações legais que se fizerem necessárias. 

Duas crianças, uma de dois meses e outra de nove anos, suspeitas de que estavam sendo submetidas a condições degradantes de maus-tratos e tortura, foram afastadas, nesta semana, do convívio familiar, por meio de trabalho policial realizado pela 4ª Delegacia de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV) de Colinas do Tocantins).

Conforme explicou a delegada Olodes Maria Freitas Nobre, titular da delegacia, responsável pelo caso, as investigações tiveram início há algumas semanas, quando a Polícia Civil recebeu denúncias de que duas crianças, uma delas bebê de colo, estavam sendo vítimas de maus-tratos, espancamentos e até tortura.

Segundo a Polícia, de imediato, as equipes da unidade policial especializada, com auxílio do Conselho Tutelar do município, passaram a apurar o caso e reuniram fortes indícios de que, de fato, os crimes estavam sendo praticados contra as duas crianças.

“Após um minucioso e intenso trabalho investigativo, conseguimos reunir elementos que comprovaram a prática dos crimes e, desse modo, solicitamos judicialmente o afastamento das duas crianças vítimas do convívio com os genitores”, informou a delegada.

Os crimes 

A delegada relatou ainda que as duas crianças eram submetidas a torturas físicas e psicológicas, sendo obrigadas a conviver em um ambiente sujo, frequentado por usuários de drogas e alcoólatras, diariamente. “As crianças também eram privadas de se alimentar e quando choravam, pedindo por comida, eram submetidas a todo tipo de violência. Inclusive o bebê de dois meses, segundo relatos apurados pela Polícia Civil, teria sido arremessado ao chão por diversas vezes, pela sua própria genitora, apontada como autora desses bárbaros crimes.”

As equipes também estão apurando o crime de estupro de vulnerável, que pode ter sido praticado contras as vítimas. “Diante das graves violações aos diretos dessas crianças, se fez necessária a retirada imediata das mesmas do local que elas conheciam como lar, mas que, na verdade, era um centro de tortura e sofrimento para esses infantes”, destacou a delegada Olodes.

As duas crianças agora estão em segurança. As investigações terão continuidade para que a Polícia Civil possa elucidar todas as circunstâncias do caso e promover as ações legais que se fizerem necessárias.

Com Informações da DICOM/SSP/TO

Foto: DICOM/Divulgação

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