Um médico, de 65 anos, e sua esposa, de 44 anos, foram indiciados pela Polícia Civil do Tocantins pela prática dos crimes de estupro majorado e assédio sexual, após investigações realizadas, ambas em Paraíso do Tocantins.
Segundo o delegado José Lucas Melo, responsável pelo caso, este é o segundo inquérito concluído em que o casal é indiciado pela prática de crimes sexuais “e, dessa vez, cometidos contra uma adolescente de 15 anos, que, na época dos fatos, cerca de dez anos atrás, era babá dos filhos do médico e morava na residência dos indiciados”.
O delegado José Lucas informou ainda que a vítima, hoje com 25 anos, ao tomar conhecimento de que o casal tinha sido indiciado por estupro praticado contra uma sobrinha da mulher do médico, há algumas semanas, criou coragem e foi até a sede da delegacia especializada e denunciou que também teria sido vítima dos dois.
“Essa segunda vítima trabalhou como babá por algum tempo na casa do médico e, além de ter sofrido abusos sexuais e também assédio, presenciou os crimes praticados contra a sobrinha da esposa do médico, mas, na época dos fatos, foi ameaçada pela mulher para não denunciar os fatos”, frisou a autoridade policial.
Os crimes
Com base no depoimento dessa segunda vítima e no aprofundamento das investigações, a Polícia Civil verificou a veracidade das investidas do médico com o intuito de satisfazer a própria lascívia. “Mesmo contando os fatos para a esposa do autor, a mulher, novamente, permaneceu inerte e nada fez para cessar os abusos”, frisou a autoridade policial.
As investigações também revelaram, segundo a polícia, que os abusos chegaram a tal ponto de algumas vezes a moça acordar com o investigado em cima dela. “Com medo, ela passou a se trancar em alguns cômodos da residência”, frisou o delegado.
Novos indiciamentos
Com o encerramento das investigações, o médico foi indiciado por estupro majorado, pois a vítima tinha menos de 18 anos na época dos fatos, e assédio sexual, uma vez que o indivíduo se valia da condição de patrão a fim de constranger a vítima e facilitar a prática dos crimes.
Ainda segundo a polícia, a mulher, esposa do médico, foi indiciada pelos mesmos crimes do marido, visto que tinha o dever de evitar os abusos, mas, segundo as autoridades policiais, nada fazia. Além disso, com base nas investigações, foram concedidas medidas protetivas para vítimas e testemunhas dos dois casos.
“O inquérito foi concluído e remetido ao Poder Judiciário com vistas ao Ministério Público para a adoção das medidas legais cabíveis”, conforme explicou o delegado José Lucas, responsável pelo caso. Os crimes praticados pelo médico, com anuência da sua esposa contra as duas vítimas, são de extrema gravidade e revelam um padrão de comportamento que se repetiu contra duas vítimas, que eram menores de idade.
Com Informações da DICOM SSP/TO
Foto: DICOM/SSP/TO