A 63ª Delegacia de Paraíso finalizou o inquérito policial que investigava uma fraude previdenciária cometida por um homem contra um amigo e sua família ao longo de mais de 10 anos.
De acordo com o delegado José Lucas Melo, responsável pelo caso, a vítima, de 42 anos, foi considerada incapaz para o trabalho e tinha direito a um benefício previdenciário. Em 2008, o autor do crime, atualmente com 46 anos, foi designado curador do amigo e passou a ser responsável por obter e receber o benefício em seu nome.
“No entanto, desde 2008, o indivíduo informou à família do amigo que o benefício havia sido negado e era necessário recorrer da decisão. Assim, ele continuou recebendo os valores do benefício durante 10 anos sem repassá-los à vítima”, explicou o delegado.
Durante esse período, a vítima dependeu da assistência financeira de familiares para se sustentar. Para renovar o benefício, o criminoso obtinha assinaturas alegando que eram documentos necessários para solicitar o benefício, mesmo já o recebendo sem o conhecimento de ninguém. O montante do prejuízo causado ultrapassa R$ 180 mil.
O suspeito foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de apropriação indébita majorada, de forma continuada, e, se condenado, pode enfrentar até cinco anos de prisão.
Após a regularização da situação, a vítima voltou a receber o benefício previdenciário que estava sendo desviado pelo amigo.
O delegado José Lucas destacou a eficácia da ação policial, ressaltando que a vítima, sem saber que estava sendo enganada por mais de uma década, enfrentou diversas dificuldades financeiras.
“Trata-se de um caso emblemático, no qual o autor se aproveitou da confiança depositada pela vítima e a enganou por uma década, mesmo sabendo que o dinheiro do benefício era vital para seu sustento, levando-a a depender da ajuda de familiares”, concluiu a autoridade policial.
Foto: SSP/TO