Pelo menos 42 soldados sírios e do Hezbollah libanês foram mortos nessa sexta-feira, num ataque israelita que visou a região de Alepo, no norte da Síria, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Em comunicado anterior, a organização não-governamental (ONG), sediada em Londres e com vasta rede de fontes sírias, tinha dado conta de que “36 soldados foram mortos e dezenas ficaram feridos nos ataques israelitas” que tiveram como alvo uma zona próxima do aeroporto de Alepo.
Segundo o OSDH, o ataque visou “depósitos de mísseis pertencentes ao Hezbollah libanês”, grupo fundamentalista xiita apoiado pelo Irã e que luta ao lado do regime sírio.
O Observatório salienta este é o ataque israelita mais mortífero em solo sírio nos últimos três anos.
Moscou critica ataques israelitas na Síria
A Rússia já condenou os ataques israelitas na Síria, referindo que são “completamente inaceitáveis”.
“Tais ações agressivas contra” a Síria, “que constituem uma violação flagrante da soberania do país e das normas básicas do direito internacional, são categoricamente inaceitáveis”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, em comunicado.
Um ataque aéreo já tinha atingido um edifício residencial nos subúrbios da capital Damasco na quinta-feira, ferindo pelo menos duas pessoas, de acordo com a Sana, que atribuiu o ataque a Israel.
A zona visada, Sayyida Zeinab, é considerada um reduto de grupos pró-iranianos na Síria.
O exército israelita efetuou centenas de ataques aéreos na Síria desde o início da guerra nesse país vizinho, visando sobretudo os grupos pró-iranianos.
Os ataques aumentaram desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas.
Israel raramente comenta os ataques que realiza, mas afirma que não vai permitir que o Irã, inimigo declarado do estado hebraico, se estabeleça junto às fronteiras do país.
Fonte: dn.pt
Foto:© Abdulaziz Ketaz/AFP via Getty Images