Seis trabalhadores desaparecidos em colapso de ponte nos EUA dados como mortos

Trabalhadores desaparecidos no colapso de uma ponte em Baltimore foram dados como mortos. Os seis eram trabalhadores que estavam a fazer reparações no pavimento.

Os seis trabalhadores desaparecidos na sequência do colapso de uma ponte em Baltimore, nos Estados Unidos, foram dados como mortos, tendo as buscas sido suspensas até esta quarta-feira de manhã, de acordo com as autoridades.

De acordo com o superintendente da polícia do estado de Maryland, o coronel Roland L. Butler Jr., a missão de busca e salvamento estava a transformar-se numa missão de busca e recuperação.

Os mergulhadores deverão regressar ao local pelas 06:00 locais (10:00 em Lisboa), esperando-se uma melhoria face às condições noturnas.

Até ao momento, apenas duas pessoas foram resgatadas com vida, de acordo com um porta-voz do corpo de bombeiros locais.

“Com base no tempo em que duram as buscas, nos extensos esforços que fizemos e na temperatura da água, neste momento não acreditamos que vamos encontrar qualquer um desses desaparecidos ainda vivos”, disse um comandante da guarda costeira norte-americana.

Inicialmente, as autoridades tinham estimado que poderiam estar 20 pessoas desaparecidas. Esse número foi entretanto revisto e a polícia acredita que não há evidências de que mais alguém tenha caído à água, embora essa possibilidade não tenha sido totalmente descartada.

As seis pessoas ainda desaparecidas e os dois sobreviventes faziam parte de uma equipa de construção que estava a reparar buracos no pavimento da ponte, de acordo com Paul Wiedefeld, secretário dos transportes do Maryland.

O navio cargueiro “Dali” embateu num pilar da ponte Francis Scott Key, fazendo-a colapsar e submergir no rio, juntamente com vários veículos.

Os residentes de Maryland também estão preocupados com o impacto económico do colapso da ponte na região.

“Perder esta ponte irá devastar toda a área, bem como toda a Costa Leste”, disse o senador do estado de Maryland, Johnny Ray Salling.

Vários analistas referem que o colapso da ponte forçará os navios de carga a serem redirecionados, potencialmente criando atrasos para os importadores e aumentando os custos. Os camiões que transportam materiais perigosos também terão que fazer desvios de quase 50 quilómetros ao redor de Baltimore.

Numa conferência de imprensa na terça-feira, o secretário dos Transportes Pete Buttigieg reconheceu que era muito cedo para estimar quanto tempo vai demorar a retirar a estrutura que se desmoronou e a reerguer uma ponte nova.

A ponte Francis Scott Key atravessa o estuário do rio Patapsco que é entrada de um dos portos mais movimentados dos Estados Unidos, às portas da Baía de Chesapeake e do Oceano Atlântico.

Inaugurada em 1977, a ponte recebeu o nome do autor do poema de “The Star-Spangled Banner”, que viria a tornar-se o hino dos Estados Unidos.

O presidente Joe Biden adiantou que planeia visitar Baltimore e pretende que o governo federal pague todo os custos da reconstrução.

As autoridades locais tentam agora determinar o que levou o “Dali” a desviar-se do seu percurso inicial, já que o navio começou a virar dois minutos antes do impacto que acabaria por derrubar a ponte.

Tanto a polícia local como o secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, afirmaram não haver indícios de que se tenha tratado de um ato terrorista ou sequer propositado, mas o FBI já se juntou às investigações.

O navio de carga emitiu um sinal de emergência pouco antes da colisão, o que permitiu às autoridades limitar o tráfego de veículos na ponte. O acidente ocorreu por volta da 01:30 locais.

Fonte: euronews.pt

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