As tropas israelitas dizem ter matado dezenas de combatentes do Hamas e detido 300 pessoas no ataque ao hospital Al-Shifa na cidade de Gaza. Não foi ainda confirmado se os mortos tinham alguma ligação com o Hamas.
Israel tomou o controle do complexo hospitalar no início da semana, alegando que o Hamas estava usando as instalações como base operacional.
As forças israelitas já tinham invadido o Hospital Al-Shifa em novembro do ano passado, com a justificação de que o Hamas mantinha um centro de comando no interior e em túneis debaixo das instalações.
Tal como a maioria dos hospitais de Gaza, o Al-Shifa está inoperacional por falta de eletricidade, combustível e equipamento médico. Mas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, cerca de 30 mil pessoas estariam abrigadas no hospital no momento do ataque desta semana.
As forças israelitas atacaram na terça-feira um edifício residencial de três andares no campo de refugiados de Nuseirat, na região centro da Faixa de Gaza, matando, pelo menos, 27 pessoas, conforme informa a Al Jazeera, citando a Wafa.
Outro ataque aéreo israelita na terça-feira teve como alvo trabalhadores de distribuição de ajuda humanitária, numa rotunda na cidade de Gaza, principal local de distribuição de alimentos na área.
Os trabalhadores estavam realizando a distribuição de ajuda necessária aos centros da ONU. Pelo menos 23 foram mortos.
Enquanto a brutal guerra de Israel em Gaza continua, os 2,3 milhões de residentes do território palestino sitiado enfrentam o risco iminente de fome.
Margaret Harris, uma porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que um número crescente de crianças em Gaza está à “beira da morte” devido à fome severa.
“O que as equipes médicas nos dizem é que cada vez mais estão vendo os efeitos da fome, bebês recém-nascidos simplesmente morrendo porque pesam muito pouco ao nascer”, disse Harris aos jornalistas em Genebra, cita a Al Jazeera.
Mais de 31.800 pessoas foram mortas e cerca de 74.000 foram feridas desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro.
Fonte: euronews.pt