RJN Entrevista Exclusiva: O futuro de Portugal na visão do empresário Carlos Morais

Confira a entrevista exclusiva para o Portal Rede Jovem News com o empresário de Portugal Carlos Morais.

Na esteira das recentes eleições que consolidaram a ascensão da direita no panorama político de Portugal, uma aura de expectativa paira sobre o horizonte nacional.

Em meio a essa atmosfera de mudança, os olhos da nação voltam-se para os líderes empresariais, buscando suas perspectivas sobre o que o futuro reserva para o país.

O portal Rede Jovem News entrevistou, com exclusividade, o respeitado empresário português Carlos Morais, que compartilhou sua visão sobre os desdobramentos políticos pós eleições e seu impacto nas esferas econômicas e sociais.

Com um cauteloso otimismo, o empresário expressou sua confiança no fortalecimento do tecido empresarial e na criação de um ambiente mais propício a investimentos.À medida que a direita assume o leme do poder, o empresário antevê um cenário de estabilidade econômica e políticas que favoreçam o empreendedorismo e o crescimento sustentável. Contudo, ressalta a importância de um equilíbrio delicado entre as demandas do mercado e a proteção dos direitos sociais.

Esta entrevista promete oferecer insights cruciais sobre como as mudanças políticas influenciarão o curso futuro de Portugal e as oportunidades que se avizinham para os empreendedores e a população em geral.

REDE JOVEM NEWS – Há mais de quatro décadas, nasceu em Portugal uma empresa que viria a se tornar uma referência na indústria de guindastes e equipamentos de elevação em Portugal: a SOIMA Cranes. Fundada em 1978, na cidade de Viseu, a SOIMA emergiu como uma força inovadora, impulsionando o setor de construção e infraestrutura para novos patamares de excelência.

A jornada da SOIMA começou com uma visão ousada dos seus fundadores, Manuel José da Silva Morais, Serafim Jesus Faro e Agostinho Marques de Almeida, que enxergaram a necessidade premente de oferecer soluções de elevação eficientes e confiáveis para os desafios enfrentados pelos profissionais da construção. Com um compromisso inabalável com a qualidade, segurança e inovação, a empresa rapidamente conquistou a confiança dos clientes e consolidou sua posição no mercado.

Como o Sr. Carlos Morais, que foi CEO da SOIMA e hoje está à frente da sua própria empresa, a VISLUBRI Gruas, vê, enquanto empresário, o resultado das eleições desse domingo, 10 de março, que fortaleceu a direita? 

CARLOS MORAIS – Um ponto muito positivo a considerar nesse resultado é a restituição da esperança num país que permita a quem trabalha alcançar benefícios em vez de apenas continuar suportando um número grande de pessoas e instituições – dependentes do estado – que consomem a grande maioria dos muitos e pesados impostos que todos temos que pagar.

REDE JOVEM NEWS – O crescimento do líder do Chega, André Ventura, seria aos olhos políticos do país o início de uma possível ascensão rumo à liderança (Primeiro Ministro) e quem sabe mais tarde presidência, repetindo a história de Jair Bolsonaro no Brasil? 

CARLOS MORAIS – Sim, o André Ventura já faz muito tempo que luta contra a corrupção, contra muitos dos podres das pessoas que se aproveitam da democracia, para, em vez de governarem, se irem governando. Bolsonaro no Brasil tentou, no seu mandato, mostrar um outro caminho de governar; ele só teve o azar – ou talvez um dia se venha a saber que não foi bem azar – a pandemia, que, no meu entender, foi plantada por governos que até nesse momento se aproveitaram da inocência e alguma ignorância do povo, para, como sempre, ganhar dinheiro com vacinas, equipamentos… enfim, outra vez a corrupção para o benefício de alguns grupos instalados. Bolsonaro, como não quis se aproveitar do povo e entrar nesses jogos, talvez tenha pago com não ter sido reeleito. E mesmo isto todos sabemos que não foi bem assim; houve a mão interna e a desses de fora, que continuam preferindo um Brasil de pessoas subsídio-dependentes, pessoas que se aproveitam de um país com a grandeza do Brasil, com suas riquezas naturais, beneficiando as maiores potências mundiais, pessoas que preferem ser governadas por corruptos, ladrões e seguir vivendo de cestas básicas, que vão sendo distribuídas para se obter votos. Um dia, quem sabe, essas mesmas pessoas consigam acordar!

REDE JOVEM NEWS – A que o Sr. Carlos Morais atribui a queda da esquerda nessas eleições, uma vez que os partidos do bloco dominam e governam Portugal já há bastante tempo?

CARLOS MORAIS  Ao cansaço das pessoas de promessas e promessas e ao fato de, em 50 anos de governos majoritariamente de esquerda, continuarmos aparecendo nas caudas das estatísticas europeias em todos os níveis, menos em um, onde deveríamos estar no fundo, mas, infelizmente, para isso – corrupção – os nossos governos de esquerda são bons; somos dos países da Europa com maior corrupção e, mesmo no mundo, só comparados a países do terceiro mundo, mas nisso Portugal está sempre entre os três melhores.

REDE JOVEM NEWS – Como a influência da direita no poder pode mudar os índices de crescimento e desenvolvimento econômico de Portugal, elevando o país ao mesmo nível de outros da Europa?

CARLOS MORAIS – Quando as pessoas e os empresários – todos – começarem a ver que as condições de vida melhoram, que os seus impostos são mais baixos, mais justos, que as obras começam a aparecer e, com isso, chega investimento de fora, retorna a segurança ao país (os demais parceiros da Europa têm a certeza de que este é o caminho certo e de que não existe outra forma de sermos considerados um país rico e próspero, sem valorizar quem trabalha, quem investe no país) e quando deixarmos de sustentar “Tachos e Instituições” que foram feitos para dar de comer às máquinas dos partidos de esquerda.

REDE JOVEM NEWS – O resultado das eleições traz otimismo ao empresariado português, ou possíveis desdobramentos políticos e futuras coligações ainda assustam e exigem cautela, acabando, assim, por travar os investimentos no país?

CARLOS MORAIS – Com boas condições, quem não investe no país? Quanto a pessoas – está provado – temos das mais valiosas do mundo, pois a nossa comunidade emigrante é bem vista em todo o lado, além de muitas delas regressarem, pois ninguém gosta de estar fora do país onde nasceu; muitas outras pessoas e empresas virão investir, pois aqui não acontecerá mais episódios como os de Sócrates vendendo “Magalhães” aos Lulas da vida, só para proveito próprio, nem nunca mais será possível cair o maior banco privado português, o BES, e os responsáveis ainda não terem sido condenados, como o Socialista do Banco de Portugal (Carlos Costa), o ministro da Economia (Manuel Pinho) que continua em casa de tornozeleira eletrônica, mas no fim acabará como os outros – livres de qualquer crime. Quem investiria num país desses, que mais parece uma república das bananas?

REDE JOVEM NEWS – Como o Sr. Carlos Morais, que também possui negócios no Brasil, enxerga a volta da esquerda ao poder, com o presidente Lula, e nos EUA, com o presidente Biden, ao mesmo tempo em que na Europa, em países como a Itália e agora Portugal, a direita apresentou grande crescimento? A que se deve essa contramão na história?

CARLOS MORAIS – Não é preciso muito para ver o que está acontecendo no Brasil depois de ter voltado um agora ex-condenado, que de ex só tem nome, pois, como o nosso Sr. Sócrates, todos sabemos que ele é mesmo corrupto e por isso nunca deveria ter saído da cadeia; e mais: as eleições foram colocadas em causa! No Brasil atual, só se faz negócios com países ainda mais corruptos do que o Brasil, tais como iam fazendo com Portugal, Rússia, Sul América e outros assim, pois a história é sempre a mesma. Alguém confia num país que está sendo governado por um corrupto e que seja igualmente subsídio-dependente como Portugal? Quem investe o seu dinheiro, que custou tanto a ganhar, para correr o risco de no dia seguinte se passar, como alguns defensores da esquerda portuguesa, que diziam que a dívida externa se lhes apetecer não é para se pagar. Alguém mais empresta ou faz investimento nesse país?

REDE JOVEM NEWS – O povo português sempre emigrou em busca de trabalho e melhor qualidade de vida para outros países da Europa; uma das bandeiras da direita é um controle mais efetivo da entrada de imigrantes no país. Em uma nação que possui muitos idosos, baixa natalidade e falta de mão de obra, como limitar os estrangeiros que buscam trabalho em Portugal, sem prejudicar o crescimento econômico?

CARLOS MORAIS – Nós queremos aqui toda a gente que vem para trabalhar e procura melhores condições de vida, mas, para as coisas funcionarem e todos, em conjunto, colocarmos um país a andar para a frente, pagar menos impostos, dar melhores condições a quem decide vir viver e trabalhar em Portugal, é fundamental fazer o que o Chega, a direita, diz: controlar quem vem e ao que vem, como foi, aliás, o caso quando os nossos portugueses tiveram que emigrar. Se isto não for feito, acredito que nem mesmo os maus queiram vir para cá, pois a maior parte deles só está se servindo de Portugal para depois ir para Europa, uma vez que os bons não querem ficar aqui para ganhar mal, viver remediados; preferem os seus países; era isso que a esquerda em Portugal estava oferecendo com a imigração sem controle.

REDE JOVEM NEWS – Para o Sr. Carlos Morais, como as mudanças políticas influenciarão o curso futuro de Portugal e o que os empreendedores devem esperar de agora em diante? 

CARLOS MORAIS – Temos que estar cientes de que, no domingo passado, o povo pediu uma mudança; se o partido mais votado (AD) continuar insistindo em não fazer parcerias, coligação, para governar o país com o Chega, poderá tardar um pouco, mas o povo, numa próxima, não perdoará esses senhores, que correm o risco, como o bloco de esquerda ou mesmo o Partido Comunista português, de desaparecer ou perder o peso que já tiveram por ter feito a geringonça* em Portugal, sendo que no caso quem corre o risco de não lhe ser dada nova oportunidade, como já teve algumas, é realmente o AD, e desta forma sim o Chega e a direita séria de Portugal poderão demonstrar ao mundo, aos investidores, que basta acabar com a corrupção e com a subsídio-dependência de muitos do estado que o país – Portugal – tem tudo para ser dos melhores do mundo para se viver e investir.

 

Carlos Morais é empresário, tem 53 anos, reside em Viseu, Portugal, e concedeu esta entrevista com exclusividade ao Portal Rede Jovem News – Todos os direitos reservados.

*Geringonça é o apelido dado ao governo que assumiu o poder em Portugal em novembro de 2015. O gabinete era liderado pelo primeiro-ministro Antonio Costa, do Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, e se sustentava em acordos com três siglas, cujas ideias são em geral classificadas como de extrema-esquerda no contexto europeu – o Partido Comunista Português (PCP), o Bloco de Esquerda e o partido Os Verdes.

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