Netanyahu considera irrealista proposta do Hamas e aprova invasão de Rafah

"As exigências do Hamas continuam a ser irrealistas", afirmou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou esta sexta-feira como “ainda irrealistas” as novas exigências do Hamas para um cessar-fogo e insistiu no plano ainda não divulgado do exército para invadir Rafah, junto à fronteira com o Egito.

“As exigências do Hamas continuam a ser irrealistas”, afirmou esta sexta-feira o gabinete do primeiro-ministro num comunicado oficial, em que, paralelamente, anunciou o envio de uma delegação a Doha, depois de Netanyahu se ter reunido de manhã com o gabinete de guerra na base militar de Kirya, em Telaviv.

O comunicado refere que Netanyahu “aprovou os planos de ação em Rafah” e que o exército israelita “está a preparar-se para a parte operacional e para a retirada a população”.

Entre outras questões, o Hamas que até agora exigiu um cessar-fogo definitivo em Gaza antes de qualquer troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, está agora pronto para uma trégua de seis semanas, disse à AFP um responsável do movimento islamita palestiniano, que solicitou anonimato.

No âmbito desta trégua, 42 reféns – mulheres, crianças, idosos e doentes – poderão ser libertados em troca de 20 a 50 prisioneiros palestinianos, consoante se trate de civis ou soldados, e à razão de um refém por dia, acrescentou o responsável.

Durante a eventual trégua de seis semanas, o movimento islamita exige também a “retirada do exército de todas as cidades e zonas povoadas”, o “regresso das pessoas deslocadas sem restrições” e a entrada de pelo menos 500 camiões de ajuda humanitária por dia, explicou este responsável.

No final desta primeira fase, o Hamas pretende chegar a uma “troca global de prisioneiros”, incluindo a “libertação dos oficiais e soldados israelitas capturados e dos mortos pelo Hamas e por outros movimentos” em troca de prisioneiros palestinianos numa proporção não especificada, continuou o funcionário.

Em troca deste acordo, o movimento islamita exige a “retirada total” do exército israelita da Faixa de Gaza – onde a operação militar israelita já fez cerca de 31.500 mortos, segundo o Hamas -, a sua “reconstrução” e o fim do bloqueio a que o território está sujeito desde que o Hamas tomou o poder em 2007.

Hoje, no Cairo, o Presidente egípcio, Abdelfatah al-Sisi, manifestou-se esperançado de que seja possível alcançar um acordo de cessar-fogo em Gaza em breve, após mais de cinco meses de combates entre Israel e o Hamas.

“Esperamos que dentro de alguns dias, no máximo, se chegue a um cessar-fogo e que não haja desenvolvimentos negativos que possam afetar ainda mais a situação”, disse al-Sisi, ao discursar numa cerimónia para os novos alunos da academia de polícia.

O Egito, que tem uma fronteira com Gaza entre a Península do Sinai e a cidade palestiniana de Rafah, está a mediar as negociações conjuntamente com o Qatar e os Estados Unidos.

A guerra em curso foi desencadeada pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e cerca de centena e meia de reféns, segundo as autoridades de Israel.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza que matou mais de 31.300 pessoas até quinta-feira, segundo as autoridades do enclave governador pelo Hamas desde 2007.

“Estamos a fazer todos os esforços sinceros e fiéis para chegar a um cessar-fogo na Faixa de Gaza para proteger e salvar a nossa família em Gaza, especialmente os civis inocentes”, afirmou o líder egípcio.

Al-Sisi disse que o Egito está a tentar permitir que as pessoas que se amontoam em Rafah “se desloquem para os seus lugares no centro e no norte” do enclave, um dos pontos do projeto de cessar-fogo.

O Hamas anunciou na quinta-feira à noite uma nova resposta às negociações alcançadas através de mediadores no Egito e no Qatar.

Al-Sisi disse também que os números avançados para a reconstrução da Faixa de Gaza “são assustadores”, além dos anos que serão necessários para o processo.

O líder egípcio estimou, na semana passada, que a reconstrução de Gaza custaria mais de 90 mil milhões de dólares (82,5 mil milhões de euros, ao câmbio atual).

O reconhecimento internacional do Estado da Palestina, “apesar da crise e da grande miséria, seria a nossa consolação”, acrescentou al-Sisi.

Esperava-se um acordo sobre as tréguas antes do início do mês sagrado muçulmano do Ramadão, que começou a 11 deste mês, mas as partes não chegaram a um consenso.

As exigências do Hamas, sobretudo o fim definitivo da guerra chocam com as de Netanyahu, que continua a proclamar a “vitória total” sobre o grupo islamita como o principal objetivo da guerra.

Fonte: dn.pt

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No âmbito desta trégua, 42 reféns – mulheres, crianças, idosos e doentes – poderão ser libertados em troca de 20 a 50 prisioneiros palestinianos, consoante se trate de civis ou soldados, e à razão de um refém por dia, acrescentou o responsável.

Durante a eventual trégua de seis semanas, o movimento islamita exige também a “retirada do exército de todas as cidades e zonas povoadas”, o “regresso das pessoas deslocadas sem restrições” e a entrada de pelo menos 500 camiões de ajuda humanitária por dia, explicou este responsável.

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No final desta primeira fase, o Hamas pretende chegar a uma “troca global de prisioneiros”, incluindo a “libertação dos oficiais e soldados israelitas capturados e dos mortos pelo Hamas e por outros movimentos” em troca de prisioneiros palestinianos numa proporção não especificada, continuou o funcionário.

Em troca deste acordo, o movimento islamita exige a “retirada total” do exército israelita da Faixa de Gaza – onde a operação militar israelita já fez cerca de 31.500 mortos, segundo o Hamas -, a sua “reconstrução” e o fim do bloqueio a que o território está sujeito desde que o Hamas tomou o poder em 2007.

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Hoje, no Cairo, o Presidente egípcio, Abdelfatah al-Sisi, manifestou-se esperançado de que seja possível alcançar um acordo de cessar-fogo em Gaza em breve, após mais de cinco meses de combates entre Israel e o Hamas.

“Esperamos que dentro de alguns dias, no máximo, se chegue a um cessar-fogo e que não haja desenvolvimentos negativos que possam afetar ainda mais a situação”, disse al-Sisi, ao discursar numa cerimónia para os novos alunos da academia de polícia.

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O Egito, que tem uma fronteira com Gaza entre a Península do Sinai e a cidade palestiniana de Rafah, está a mediar as negociações conjuntamente com o Qatar e os Estados Unidos.

A guerra em curso foi desencadeada pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e cerca de centena e meia de reféns, segundo as autoridades de Israel.

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Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza que matou mais de 31.300 pessoas até quinta-feira, segundo as autoridades do enclave governador pelo Hamas desde 2007.

“Estamos a fazer todos os esforços sinceros e fiéis para chegar a um cessar-fogo na Faixa de Gaza para proteger e salvar a nossa família em Gaza, especialmente os civis inocentes”, afirmou o líder egípcio.

Al-Sisi disse que o Egito está a tentar permitir que as pessoas que se amontoam em Rafah “se desloquem para os seus lugares no centro e no norte” do enclave, um dos pontos do projeto de cessar-fogo.

O Hamas anunciou na quinta-feira à noite uma nova resposta às negociações alcançadas através de mediadores no Egito e no Qatar.

Al-Sisi disse também que os números avançados para a reconstrução da Faixa de Gaza “são assustadores”, além dos anos que serão necessários para o processo.

O líder egípcio estimou, na semana passada, que a reconstrução de Gaza custaria mais de 90 mil milhões de dólares (82,5 mil milhões de euros, ao câmbio atual).

O reconhecimento internacional do Estado da Palestina, “apesar da crise e da grande miséria, seria a nossa consolação”, acrescentou al-Sisi.

Esperava-se um acordo sobre as tréguas antes do início do mês sagrado muçulmano do Ramadão, que começou a 11 deste mês, mas as partes não chegaram a um consenso.

As exigências do Hamas, sobretudo o fim definitivo da guerra chocam com as de Netanyahu, que continua a proclamar a “vitória total” sobre o grupo islamita como o principal objetivo da guerra.

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