Fonte de 40% da água doce do país, o Cerrado teve um aumento de 19% nos alertas de desmatamento no mês passado, na comparação com fevereiro de 2023. O bioma perdeu 3.798 km² de vegetação nativa, no acumulado de agosto de 2023 a fevereiro deste ano, de acordo com o monitoramento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Nesse contexto, está o Tocantins, que registrou 158 km² sob alerta de desmatamento, um aumento de 136% em relação a fevereiro de 2023. No Cerrado, o quadrante que mais causa apreensão quanto aos índices de desmatamento é o do Matopiba (acrônimo que abrange os estados do Maranhão, do Tocantins, do Piauí e da Bahia). No acumulado do ano, Maranhão e Tocantins apresentam os piores resultados.
O Maranhão registrou 212 km² de vegetação sob alerta de desmatamento, no mês passado, patamar 316% superior ao de fevereiro de 2023. Entre agosto de 2023 e fevereiro de 2024 (ano Deter – sistema do Inpe), o estado viu a destruição ser duas vezes pior do que a do intervalo anterior.
Já a Amazônia, no acumulado do ano Deter, registrou 2.350 km² sob alerta de desmatamento, uma queda de 56% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram detectados 3.798 km² de vegetação nativa perdida no Cerrado entre agosto de 2023 e fevereiro de 2024, um crescimento de 63%.
Lei
A legislação determina preservação de 80% da vegetação nativa nas propriedades privadas localizadas na Amazônia; no Cerrado, o percentual é de apenas 20%, apesar de o bioma ser um dos cantos mais biodiversos do planeta, concentrando 5% de todas as espécies.
Com Informações da Agência Brasil
Foto: Adriano Gambarini/WWF Brasil/Divulgação