Advogada é presa em Palmas por suspeita de aplicar golpes em clientes

Após a prisão, mulher foi conduzida à 1ª Central de Atendimento da Polícia Civil em Palmas.

A advogada Flávia Paulo Oliveira foi presa na manhã desta terça-feira, 12, em Palmas, em decorrência de um mandado de prisão preventiva. A prisão foi efetuada devido a investigações que apontam sua participação em uma série de golpes contra seus próprios clientes. Os valores desviados somam cerca de R$700 mil, resultantes de aproximadamente oito inquéritos policiais apenas na 1ª Delegacia de Palmas. A sócia da advogada também está sob investigação nos mesmos procedimentos.

O delegado Douglas Sie, responsável pelo caso na 1ª Delegacia de Palmas, informou que as investigações sobre a advogada datam desde 2017. Segundo ele, dezenas de vítimas procuraram a polícia para denunciar a prática criminosa. A advogada, ao receber procurações para tramitar processos de seus clientes, tinha autorização para receber valores em nome deles. No entanto, em vez de repassar os montantes obtidos através de ações judiciais, a investigada se apropriava desses valores para si.

A atuação da advogada abrangia diversas áreas, incluindo ações trabalhistas, cíveis e cancelamento de contratos. O delegado não descarta a possibilidade de a advogada ter lesado clientes em outros estados, já que também atuava em causas fora do Tocantins.

Em abril do ano anterior, a advogada foi indiciada por estelionato e falsidade ideológica, relacionados a um caso na capital. Neste caso específico, uma cliente contratou seus serviços para ingressar com uma ação visando obter um cargo público. A advogada, aproveitando-se da situação, exigiu da cliente o pagamento de taxas judiciais por meio de guias falsas, por ela emitidas com valores fictícios. Para garantir o êxito na obtenção dos supostos benefícios, convenceu a cliente de que apenas ela poderia efetuar os pagamentos, instruindo-a a depositar os valores em sua conta bancária. O montante arrecadado indevidamente foi de R$180.761,70, enquanto o contrato de honorários estipulava apenas R$5 mil.

A Polícia Civil constatou ainda que, na época da assinatura do contrato, a advogada não possuía inscrição regular na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), caracterizando também o exercício ilegal da profissão.

Considerando outros inquéritos em andamento envolvendo a mesma prática criminosa, a Polícia Civil solicitou a suspensão do registro da advogada na OAB/TO.

Após ser localizada e presa, a advogada foi encaminhada à 1ª Central de Atendimento de Palmas para os procedimentos legais. Em seguida, foi removida para o Sistema Prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. O delegado Douglas Sie destacou que a investigada deverá permanecer detida até que as apurações sejam concluídas e ela seja processada pelos crimes de apropriação indébita, estelionato e falsidade documental.

Imagens: Divulgação

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