Investigação aponta filho como suspeito na morte de advogada vítima de violência doméstica

Relatos indicam histórico de agressões prévias e presença de filho em estado alterado no dia dos ferimentos graves. Pedido de prisão foi negado pela justiça.

Após quase 40 dias de internação por ferimentos graves que sugeriam violência doméstica, Lourdes Otaviani, advogada de 71 anos, faleceu recentemente. Uma equipe investigativa foi até o hospital em que ela estava internada, porém, devido à gravidade dos ferimentos, ela mal conseguia se comunicar.

De acordo com relatos da acompanhante de Lourdes, a idosa chegou à sua casa naquele mesmo dia pela manhã com diversos machucados pelo corpo. Pouco depois, seu filho, Guilherme, apareceu na residência em estado bastante alterado.

Preocupada com o estado emocional de Guilherme e com a situação de Lourdes, a mulher que prestou auxílio à advogada solicitou ajuda aos militares do Corpo de Bombeiros para levá-la ao hospital. Diante desses relatos, a polícia orientou que fosse registrado um boletim de ocorrência para investigar a possível violência, encaminhando o caso à Delegacia de Polícia Civil.

Lourdes já tinha sido agredida em outras ocasiões e havia alegado que os ferimentos eram resultado de ataques de cachorro. No entanto, investigações indicam que tais lesões não são compatíveis com tal explicação. A polícia concluiu que os indícios apontam para violência doméstica e que Guilherme seria o agressor.

Além disso, Guilherme enfrenta uma ação penal similar relacionada à sua avó, que também veio a óbito. O delegado regional de Paraíso, Bruno Monteiro Baeza, mencionou que há um processo em andamento referente a esse caso anterior, no qual sua avó foi a vítima.

Tanto a polícia quanto o Ministério Público solicitaram a prisão de Guilherme durante as investigações, porém o pedido foi negado pela juíza Renata do Nascimento, da Vara Criminal de Paraíso

Foto: Divulgação OAB

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