Sem o acordeão, instrumento de fole popularmente conhecido como sanfona, a música brasileira não seria a mesma.
Esse instrumento popularizou-se pela genialidade de muitos nomes que se consagraram na história da música no Brasil. Artistas do Centro-oeste, Sul, Nordeste e Sudoeste do país imortalizaram o som do acordeão, que se tornou um dos mais populares de todos os tempos, estando presente em, praticamente, todos os gêneros, ritmos e estilos de música.
A lista dos melhores e mais consagrados artistas dos teclados do acordeão é bastante extensa, mas os principais nomes, antigos e atuais, são:
- Amin Braga;
- Carlos Rezende;
- Dominguinhos;
- José Calisto;
- Luis Gonzaga;
- Mangabinha;
- Marcelo Voninho;
- Mario Zan;
- Neguinho do Acordeão;
- Oswaldinho do Acordeão;
- Renato Borghetti;
- Rick Coller;
- Robertinho do Acordeão;
- Sivuca;
- Tiago Carvalho;
- Tostão;
- Voninho;
- Xodozinho Sanfoneiro; e
- Zé Bettio.
Dia Nacional do Sanfoneiro
Uma lei de 26 de abril em 2021 estabelece o Dia Nacional do Sanfoneiro em 26 de maio, data de nascimento de Severino Dias de Oliveira, paraibano conhecido como Sivuca, que levou o som da sanfona brasileira para o mundo.
Músicas instrumentais
Muitos consideram que somente músicas com letras (poesias) são capazes de se tornar célebres, inesquecíveis e imortais. Nada disso! No cancioneiro brasileiro, milhares de canções apenas instrumentais tornaram-se grandes sucessos sem uma única palavra. E, no universo das gaitas – acordeões – , centenas de músicas instrumentais estão muito bem guardadas na mente das pessoas.
Mário Zan deixou para a posteridade grandes hits executados no seu acordeão, como Quarto Centenário, Festa na Roça, Capricho Cigano e muitos outros.
O goiano de Jataí, Voninho (Ivone Ferreira Dias), o maior sanfoneiro de Goiás, emplacou Dois pra lá, e dois pra cá, Sanfona Lascada, Começando o Baile, Goiano do Pé Quente, Fogo no Molhado, Baile na Fazenda e tantos outros.
Zé Bétio, que também é famoso radialista, fez muito sucesso com A Brasileirinha, Para Pedro, Bugio Deitado e outros.
Sivuca fez muita gente dançar com Feira de Mangaio, João e Maria, Forró do ABC, Frevo Sanfonado e dezenas de outros.
A lista de sucessos instrumentais ao som maravilhoso da sanfona é interminável.
Presença feminina
Mas, nesse universo predominantemente masculino, tem uma paranaense que marca presença com sua sanfona 120/180 baixos: Bia Socek.
Com 20 anos de carreira, essa cantora e sanfoneira de 1,85 m de altura vem conquistando o Brasil com seu carisma e humildade. Nasceu em 2 de setembro de 1994 (29 anos) e se criou em Quitandinha, PR, cidade metropolitana de Curitiba. Ela conta com mais de 300 milhões de visualizações nos seus vídeos no YouTube – 561 mil inscritos e quase mil vídeos publicados – e mais de 2,8 milhões de seguidores nas redes sociais.
Bia é dona de sucessos como O Agro é Tudo (2023), Meu Coração Pirou (2024), Seu Amor Sou Eu (2017), É Disso que o Velho Gosta (regravação) e muitos outros.
Ela começou sua carreira com nove anos de idade, cantando num comício em sua cidade para um público de cerca de duas mil pessoas; com a ajuda da mãe, a cantora vendeu 14 mil CDs, de mão em mão, em festas regionais, e trabalhou todo final de semana dos 10 aos 17 anos.
Em 2018, foi eleita pelo público e pelos fãs a “Melhor Sanfoneira do Brasil”, título que lhe rendeu um total de 11 milhões de visualizações em um mês naquele ano.
Fontes: Agência Brasil, Agência de Notícias São Joaquim, Marcelo Voninho, Arquivos Flávio Clark
Fotos: Paraíba, Reprodução/Divulgação