Conteúdos da internet que ajudam e mudam o dia a dia das pessoas; saiba mais sobre a rede mundial de computadores

Os olhares de 39% da população mundial – 8 bilhões de pessoas – estão fixos na tecnologia, na inteligência digital e nos conteúdos digitais que "bombam" a cada segundo nos celulares e computadores. Veja o que tem de bom e nocivo no universo virtual.

É impressionante o quanto a internet tem se tornado importante na vida das pessoas no dia a dia. É possível encontrar milhares de conteúdos práticos e essenciais, em forma de hells, podcasts, shorts (vídeos curtos), stories, traillers, tutoriais e vídeos no Instagram, Facebook, YouTube, Telegram, WhatsApp e em outras plataformas.

Desde uma simples receita de como preparar um prato delicioso até a indicação de um remédio e tutoriais que ensinem alguma coisa importante, como consertar algo, por exemplo, estão “saltitando” nas multiplataformas e redes sociais. É claro que há também um oceano de futilidades, fake news, bobagens e conteúdos desnecessários.

YouTube, Spotify e Vagalume são as maiores e melhores bibliotecas (e videotecas) virtuais do mundo. O Google é um imenso “dicionário”, motor de buscas, banco de fotos e imagens que hoje facilita, sobremaneira, a vida das pessoas.

A inteligência artificial chegou de vez para mudar a vida e o cotidiano dos seres humanos e se tornar uma forte aliada da robótica. O marketing digital é hoje uma das melhores ferramentas para os políticos, principalmente os candidatos, na divulgação de ações, projetos e campanhas eleitorais.

O mundo dos negócios depende da internet para sobreviver nessa era em que o virtual domina o planeta. No emaranhado mundo da economia, sete de cada dez negócios efetivados são iniciados e/ou concluídos via internet. Um pequeno banner de propaganda num bom portal equivale a milhões de outdoors, cartões de visita ou aos antigos anúncios em jornais e revistas do século passado.

O mundo em tempo real, religiões e lixo eletrônico

As notícias espalham-se em tempo real a todo momento, vindas de todo o planeta. Se acontece algo em algum lugar do mundo, com um simples celular, qualquer pessoa é capaz de filmar ou fotografar o acontecimento, postar e alcançar o mundo em poucos segundos.

As igrejas e religiões usam esse espaço para múltiplas atividades, que vão desde orações, sermões, pregações, louvores, divulgação de eventos a cursos, lives e estudo profundo dos seus livros sagrados e conteúdos teológicos e apologéticos.

Entretenimento, jogos eletrônicos, lives (streaming), curiosidades, estudos, tira-teima, fofocas, tv web, rádios digitais, cálculos difíceis, conteúdos imprescindíveis e superficialidades estão à disposição de todos o tempo todo na rede. Mas muitos cuidados devem ser tomados com a internet e o mundo virtual. Veja alguns:

  • conteúdos indesejados;
  • crimes virtuais;
  • discussões políticas;
  • erotismo;
  • fake news;
  • golpes;
  • ideologias subversivas;
  • inimizades;
  • invasão de privacidade;
  • jogos eletrônicos falsos;
  • nudismo;
  • pedofilia;
  • pornografia;
  • propagação de doutrinas satânicas;
  • traições;
  • uso indevido de conteúdos de direito privado;
  • vírus.

 

Além disso, deve-se “policiar” as crianças e adolescentes, que estão cada vez mais viciados em tecnologias digitais, principalmente celulares e tablets. É claro que já existem milhões de adultos que também estão viciados em internet, computadores e celulares. Como em todas as áreas da vida, o universo virtual está repleto de coisas boas, mas também pode se constituir num grave perigo para muitas pessoas.

Informações importantes

Um estudo da Universidade de Hong Kong afirma que 6% da população mundial são viciados em internet. Considerando que o planeta tem cerca de 8 bilhões de habitantes, quase 480 milhões de pessoas possuem compulsão em acessar a web, de acordo com a pesquisa.

No entanto, vale lembrar que apenas 39% da população mundial possui acesso à internet; segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o crescimento da internet desacelera e 2,7 bilhões estão fora da rede. Um terço da população mundial (ainda) não tem acesso online.

Os dados apresentados são da União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Em setembro de 2022, Houlin Zhao, chefe da agência da ONU, disse que é preciso manter o ritmo de conectividade visto durante a pandemia.

As informações abaixo são muito interessantes e chamam a atenção para o uso inveterado daqueles que têm acesso diário à web. Em 2010, portanto há 14 anos, Steve Jobs, fundador da Apple, contou ao jornalista Nick Bilton (New York Times) que o uso da tecnologia era extremamente limitado entre seus filhos. Mais tarde, Walter Isaacson relatou que nunca viu os filhos de Jobs com um iPad ou computadores durante as visitas que realizava na casa do empresário com o objetivo de escrever sua biografia.

Da mesma forma, Evan Willians, um dos fundadores da rede social Twitter e das plataformas de conteúdo digital Blogger e Medium, se recusava a presentear seus filhos com um iPad, enquanto enchia o quarto deles com centenas de livros.

Além de Jobs e Willians, muitos outros “tecnocratas” já comentaram em diversas ocasiões que o uso da tecnologia é extremamente limitado em suas residências, o que parece ser uma contradição. Por que os maiores executivos de tecnologia do mundo parecem ser “tecnófobos” quando o assunto é o uso de dispositivos eletrônicos em seus lares? A resposta é simples: tecnologia vicia! Não a tecnologia em si, mas o que ela proporciona.

Já reparou que o feed de notícias do Instagram, Facebook, Twitter e de outras redes sociais é infinito? Sempre há uma novidade, seja uma nova hashtag para clicar, uma nova foto para curtir e uma nova futilidade para acompanhar. A Netflix e outras plataformas de streaming de vídeo sempre pulam para o próximo episódio automaticamente, além de sugerir séries e filmes de que possamos gostar analisando nosso comportamento digital. Os jogos online têm um poder de persuasão incrível, visto que são capazes de se tornarem os substitutos virtuais de comunidades e relacionamentos. E o mar de notificações sem fim? Sempre nos persuadindo a verificar a última novidade, o último comentário ou a última reação sobre aquela foto postada.

Assim, passamos mais tempo do que deveríamos rolando o feed de notícias, completando missões e curtindo fotos e posts, desperdiçando tempo precioso, que poderia ser usado no trabalho, nos estudos e, principalmente, na vida pessoal. Para o cientista da computação Jaron Lanier, autor da obra Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes Sociais (Intrínseca, 2018), um dos objetivos das grandes corporações do século XXI é direcionar o comportamento das pessoas da maneira mais sorrateira possível. E elas conseguem!

Do outro lado da tela do seu game ou aplicativo favorito, há um exército de especialistas em tecnologia, psicologia, economia e diversas outras áreas que sabem exatamente como atrair a sua atenção para gerar dinheiro e algo ainda mais importante: dados. Sim, é através dos dados comportamentais dos usuários que eles refinam suas técnicas de persuasão, usando padrões de design, inteligência artificial e outras tecnologias de fronteira, aprisionando-nos em um ciclo vicioso.

Como revelado por Adam Alter, em sua obra Irresistível: Por que você é viciado em tecnologia e como lidar com ela (Editora Objetiva, 2018), as tecnologias modernas aumentaram os casos de “vício comportamental”, provocado não pelo uso de substâncias ou drogas, mas pela obsessão em eventos e atividades que confortam e trazem prazer. Postar fotos diariamente na expectativa de comentários e reações positivas, cumprir metas diárias de um aplicativo ou game, entre outros, não são necessariamente vícios comportamentais. O que define o vício é o quão dependente você está e, principalmente, se isso está prejudicando sua vida profissional e pessoal.

Nesse sentido, é necessário realizar uma autorreflexão e conhecer a máquina de manipulação por trás das telas. Segundo Adam Alter, “a tecnologia não é moralmente boa ou ruim até ser controlada pelas corporações que a produzem para o consumo de massa. Aplicativos e plataformas podem ser projetados para promover ligações sociais frutíferas; ou, como cigarros, podem ser concebidos para viciar”. Pense nisso!

Fontes: BBC, Clínica Nodari de Psicologia e Neurologia, iDinheiro, Intrínseca, Neil Patel, NewFeed, Olhar Digital e Universidade de Hong Kong

Foto: Unicef/UN051302/Herwig

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