Guerra Israel-Hamas – Netanyahu defende manutenção da pressão sobre Gaza para libertar reféns

"Só a continuação da pressão militar, até à vitória completa, resultará na libertação dos reféns", raptados durante os ataques perpetrados em 7 de outubro peloHamas, defende o primeiro-ministro israelita.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu esta segunda-feira a sua estratégia de manter a pressão militar sobre Gaza como forma de libertar os reféns, depois de o exército ter conseguido resgatar dois deles numa operação em Rafah.

“Fernando e Louis, bem-vindos a casa. Aplaudo os bravos combatentes pela sua ação corajosa, que levou à libertação dos reféns”, disse o primeiro-ministro israelita.

Numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), Netanyahu acrescentou que “só a continuação da pressão militar, até à vitória completa, resultará na libertação dos reféns”, raptados durante os ataques perpetrados em 7 de outubro pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

Horas antes, o exército israelita tinha anunciado o resgate de dois reféns — identificados como Fernando Simon Marman, de 60 anos, e Louis Har, de 70 anos — no âmbito de uma operação “bem sucedida” em Rafah, entre queixas das autoridades de Gaza sobre a morte de dezenas de pessoas em ataques israelitas na cidade.

Louis Har, nascido na Argentina, é cunhado de Fernando Marman. A esposa de Louis, Clara Marman, de 62 anos, a irmã Gabriela Leimberg, de 59, e a filha de Gabriela, Mia, de 17, foram feitas reféns e libertadas em 28 de novembro, como parte da trégua negociada pelo Qatar e pelos Estados Unidos entre o Hamas e Israel, noticiou o jornal ‘Os Tempos de Israel’.

O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos comemorou a libertação dos dois reféns, embora tenha alertado novamente Netanyahu que “o tempo está a esgotar-se para os reféns que ainda estão nas mãos do Hamas.

As vidas dos mais de 130 reféns que ainda estão em Gaza — acredita-se que apenas uma centena deles estejam vivos — “estão em risco a cada momento que passa”, pelo que “o Governo israelita deve esgotar todas as opções de que dispõe para libertá-los”, disseram os familiares.

Num relatório preliminar, o exército israelita acrescentou que “três terroristas foram mortos no edifício” durante a operação.

De acordo com autoridades palestinianas, a operação de libertação dos reféns causou a morte de pelo menos sete pessoas.

No domingo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou ao exército que preparasse uma ofensiva contra Rafah, onde chegaram, nas últimas semanas, mais de 1,3 milhões de palestinianos em fuga da guerra.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas, vários ataques aéreos israelitas causaram hoje “cerca de 100 mortos” em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Fonte: dn.pt

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