Um alto funcionário israelita anunciou nessa quarta-feira que algumas exigências feitas pelo Hamas para um acordo de trégua, que incluiria libertação de reféns, não poderão ser aceitas, noticia o Canal 13 de televisão de Israel, citado pela Reuters.
O grupo islamita Hamas propôs um acordo de trégua em três fases, que incluiria a libertação dos reféns raptados em 7 de outubro e a retirada total das tropas israelitas da Faixa de Gaza. As três fases teriam duração de 45 dias cada.
Na primeira, os reféns “mulheres e crianças [menores de 19 anos, não militares], idosos e doentes seriam libertados em troca de um número específico de prisioneiros palestinos”, segundo o plano do Hamas, que foi entregue na noite de terça-feira aos mediadores do Qatar e do Egito e divulgado esta madrugada na rede social Telegram.
Na primeira das três fases propostas, o Hamas também exigiu a retirada das forças aéreas israelitas das zonas povoadas da Faixa de Gaza, a entrada de mais ajuda humanitária e o início da reconstrução de hospitais e casas, juntamente com a criação de acampamentos temporários.
Por sua vez, segundo o texto, seriam estabelecidas “conversações indiretas” com Israel para acabar com a guerra e “regressar à paz completa”, uma exigência que até agora Israel sempre negou.
Na segunda fase, todos os homens raptados seriam libertados em troca de um número ainda a ser determinado de prisioneiros palestinos, bem como haveria a retirada completa do exército israelita do enclave palestino.
Na terceira fase, segundo o relatório, os corpos sem vida dos reféns, pelo menos 27, e de outros prisioneiros já mortos seriam trocados entre as partes.
Fonte: dn.pt