Normalmente, as cidades pequenas e do interior dos estados têm cinco pontos de referência:
- Prefeitura Municipal;
- Igreja Matriz;
- Delegacia de Polícia;
- Câmara Municipal; e
- Rodoviária.
Acontece que em muitas cidades pequenas não existem rodoviárias e nem delegacias. Tem até algumas cidadezinhas que não têm sequer igreja matriz; isso é muito raro, mas ocorre.
No Tocantins, a maioria das cidades não tem rodoviária, como é o caso de Aliança do Tocantins, Aparecida do Rio Negro, Cariri, Figueirópolis, Goianorte, Itaporã, Oliveira de Fátima, Pequizeiro, Pugmil, Tocantínia, Nova Rosalândia, Novo Acordo, Lavandeira e a maioria das demais cidades do interior do estado, incluindo as 25 cidades do Bico do Papagaio, onde, no máximo, cinco possuem terminal rodoviário.
Parece que as rodoviárias estão cada vez mais caindo em desuso, ficando abandonadas. Hoje, elas são administradas por instituições ou empresas particulares, na modalidade Parcerias Público-Privadas (PPP), que realmente tem deixado muito a desejar, até mesmo em grandes cidades como Anápolis, GO, e São José do Rio Preto, SP, por exemplo.
No caso de Anápolis, centenária cidade goiana, o terminal rodoviário é considerado um mausoléu, tendo em vista o estado precário e o abandono, que o colocam como a vergonha do estado de Goiás.
No Tocantins, rodoviárias como de Paraíso do Tocantins (foto) e de Gurupi também estão fazendo vergonha, mas, na cidade de Gurupi, a prefeita Josi Nunes está construindo um novo terminal rodoviário.
A atual rodoviária de Palmas é a terceira na história da cidade, inaugurada em 2001. Foi construída nos anos 90 pelo então prefeito Odir Rocha e inaugurada pela prefeita Nilmar Ruiz. O terminal de passageiros está localizado numa região de difícil acesso devido à distância do centro; os usuários precisam se deslocar muitos quilômetros – primeiro para comprar passagens; depois, para fazer o embarque. A tarifa de Uber da rodoviária de Palmas ao centro é de R$30,00 a R$40,00.
O terminal rodoviário de Palmas já não atende mais as necessidades da capital tocantinense. Seu estacionamento não suporta a demanda de carros nos dias e horários de maior movimento, levando os motoristas a terem que deixar seus carros estacionados nas ruas, às vezes distantes do terminal.
Como diz o trocadilho dos passageiros: os terminais rodoviários do Tocantins e do Brasil, em sua grande maioria, estão em estado terminal. No interior do estado, por exemplo, as vans, hoje o principal meio de transporte de passageiros em todo o território tocantinense, normalmente não usam as poucas rodoviárias existentes.
Colaboração: Ismael Cavalcante, Nonato Câmera, Elizeu Oliveira, Eliane Sousa, Sisepe, ATR e ANTT | Fotos: Flávio Clark
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