A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre um “aumento alarmante” da propagação de surtos de sarampo na Europa. Em 2023, os casos registrados aumentaram 30 vezes face a 2022: entre janeiro e outubro do ano passado, foram reportados mais de 30 mil casos em comparação com os 941 em todo o ano de 2022.
Dois em cada cinco casos foram de crianças entre um e quatro anos. A OMS avisa que a vacinação é a única forma de proteger as crianças contra esta “doença potencialmente perigosa”, acrescentando que a tendência irá se agravar caso não sejam intensificados os esforços a este nível.
O alerta da OMS surge depois de o Reino Unido ter declarado emergência nacional devido a uma escalada no número de casos e de ter lançado uma campanha que encoraja os pais a vacinarem os filhos contra sarampo, papeira e rubéola.
Cinco pessoas em dois países europeus acabaram morrendo após terem sido infectadas pelo vírus do sarampo, havendo ainda o registro de 21.000 hospitalizações entre janeiro e outubro do ano passado. Além de poder levar à morte, o sarampo pode provocar complicações graves que afetam o cérebro e os pulmões, causando pneumonia, meningite, cegueira e convulsões.
A OMS deu o sarampo como eliminado em Portugal em 2015. Apesar disto, já foram registrados desde então três surtos da doença em solo português (todos de origem importada), um deles em 2017, que culminou com a morte de uma jovem de 17 anos, não vacinada. Em janeiro de 2024, a Direção-Geral da Saúde tem registro de dois casos de sarampo na região de Lisboa e Vale do Tejo, sendo que estas duas infecções estão relacionadas.
Fonte: euronews.pt