Com a desistência de Ron DeSantis, a disputa da nomeação presidencial republicana de 2024 está reduzida a dois candidatos: Donald Trump é favorito à vitória nas eleições primárias republicanas em New Hampshire, que se realizam nesta terça-feira, com Nikki Haley tentando se manter na corrida.
Trump aponta para uma vitória e, se conseguir vencer duas primárias consecutivas, terá caminho desimpedido para, em novembro, enfrentar Joe Biden na corrida à Casa Branca.
A maior questão é se Haley será capaz de uma reviravolta histórica em New Hampshire, para se manter relevante nas primárias republicanas, depois de ter ficado em terceiro lugar em Iowa, atrás de DeSantis e de Trump. A ex-governadora da Carolina do Sul tem dedicado tempo e recursos financeiros significativos a New Hampshire, na esperança de apelar ao eleitorado independente.
Ao contrário do que acontece em Iowa, onde só os eleitores inscritos no Partido Republicano podem participar nas escolhas dos candidatos republicanos à Casa Branca, New Hampshire permite que eleitores independentes votem nas primárias.
Além disso, o eleitorado de New Hampshire é significativamente menos conservador do que o de Iowa, o que pode jogar a favor de Haley se conseguir aproveitar este momento decisivo. Caso contrário, se não vencer ou se não ficar a pouca distância de Trump, a antiga embaixadora dos EUA nas Nações Unidas terá dificuldades em manter-se na corrida.
Haley intensificou os ataques contra o ex-presidente norte-americano na segunda-feira, acusando-o de se rodear das elites políticas.
“Agora temos uma corrida de duas pessoas. Há uma que tem toda a elite política ao seu redor. É todo o Congresso, são todos esses decisores. Tem a elite dos media ao seu redor. Mas querem saber uma coisa? Eu nunca quis isso”, afirmou Haley.
A candidata presidencial republicana também já tinha questionado no sábado a aptidão mental de Donald Trump para a presidência depois de este tê-la confundido com Nancy Pelosi, antiga líder da Câmara dos Representantes do Partido Democrata, ao falar sobre o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
“Ontem à noite, num comício, Trump falou sobre mim várias vezes, sobre por que razão não aceitei andar com seguranças durante os motins do Capitólio. Eu nem estava em Washington DC em 6 de janeiro”, argumentou Haley.
Nos últimos dias, Haley, de 52 anos, tem procurado destacar a diferença de idade com Trump, de 77 anos, e com o presidente Joe Biden, de 81 anos, insistindo em defender limites de idade para exercer o mandato e testes de competência mental para qualquer político com mais de 75 anos.
Fonte: euronews.pt
Foto: bbc news