Novos ataques em Gaza e na Cisjordânia alimentam receios de escalada do conflito

As Forças de Defesa de Israel dizem ter destruído lançadores de mísseis que foram utilizados para atacar uma cidade israelita. Operação fez vários mortos. Novos ataques na Cisjordânia levantam receios sobre uma segunda frente de guerra.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) revelaram que conseguiram localizar e destruir vários lançadores de mísseis na Faixa de Gaza que, segundo alegam, foram utilizados para lançar 25 mísseis contra a cidade de Netivot, no sul de Israel.

A operação fez vários mortos e pelo menos sete pessoas foram capturadas.

A operação ocorreu no mesmo dia em que mais um carregamento de medicamentos e ajuda humanitária para reféns israelitas e civis palestinianos entrou na Faixa de Gaza sob um acordo mediado pelo Qatar e pela França, confirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed Al Ansari.

“Nas últimas horas, medicamentos e ajuda entraram na Faixa de Gaza, na implementação do acordo anunciado ontem para a ajuda dos civis, incluindo os reféns. O Qatar, juntamente com os seus parceiros regionais e internacionais, continua os esforços de mediação a nível político e humanitário”, escreveu o porta-voz na rede social X (antigo Twitter).

Este acordo marca o primeiro progresso significativo nas negociações indiretas entre Israel e o Hamas desde dezembro, quando um cessar-fogo de curta duração fracassou.

Também na quarta-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, visitou uma base aérea e repetiu a promessa de que Israel prosseguirá com a guerra em Gaza até que o Hamas seja eliminado.

Passados mais de 100 dias desde o início da guerra em Gaza, as autoridades palestinianas dizem que o número de mortos no território sitiado ultrapassou os 24.400. A maioria eram mulheres e crianças.

Na Cisjordânia ocupada, os temores de uma potencial segunda frente de guerra agravam-se depois de o exército israelita ter matado várias pessoas, incluindo “o chefe de uma célula terrorista”, no campo de Balata, perto da cidade de Nablus.

O Crescente Vermelho denunciou que quatro palestinianos também foram mortos na sequência de bombardeamentos no campo de refugiados de Tulkarm, e que as suas ambulâncias foram impedidas, pelas forças israelitas, de prestar auxílio.

A agência de notícias palestiniana Wafa adiantou que 85 palestinianos foram detidos durante a noite. Israel já deteve cerca de 6000 palestinianos na Cisjordânia desde 7 de outubro.

Fonte: euronews.pt

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