O Tocantins prorrogou o prazo de estado de emergência zoossanitária, por mais 180 dias, a partir da data da publicação do Decreto n° 6.728, de 17 de janeiro de 2024, divulgado no Diário Oficial dessa quarta-feira, 17. De acordo com o governo do estado, a medida é preventiva, uma vez que o Tocantins é livre da doença, mas a atenção é redobrada devido ao crescente surgimento de ocorrências da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1) em aves silvestres e domésticas, que contabilizam, até o momento, 151 focos no território nacional.
Segundo o presidente da Adapec, Paulo Lima, o governador Wanderlei Barbosa tem priorizado a prevenção da enfermidade. Para tanto, firmou convênio com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no valor de R$590 mil, em novembro de 2023, para proteger o plantel avícola e a saúde pública. “A prorrogação é mais uma aliada dentre as medidas de segurança que visam aumentar a nossa capacidade de resposta rápida em eventualidades, pois possibilita agilidade para aquisição de serviços e produtos”, avalia.
O Tocantins emitiu o primeiro decreto – n° 6.650 – de emergência zoossanitária no dia 21 de julho de 2023, com o prazo de 180 dias para acompanhar o período declarado pelo Mapa. Como o Ministério estendeu o prazo por mais 180 dias, por reconhecer que ainda há evidência de risco, o estado seguiu a decisão e prorroga o prazo pelo mesmo período, uma vez que a rota Brasil-Central de aves migratórias, que passa no Tocantins sobre os rios Araguaia e Tocantins, deixa as autoridades sanitárias em alerta. “Essa rota representa os maiores corpos d’água do estado e passa também pelo MS [Mato Grosso do Sul], que apresentou focos de Influenza”, informa a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola, Mariana Teles.
Dados
Atualmente, já foram registrados 151 focos da doença em oito estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Mato Grosso do Sul.
Influenza aviária
A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1) é altamente contagiosa e afeta aves, podendo ser transmitida ao homem. Desde o primeiro caso da doença registrado no Brasil, a Adapec intensificou as medidas preventivas: treinamento de equipes, reuniões técnicas com instituições públicas e privadas, vigilâncias ativas em locais considerados de maior risco, além de atendimento às notificações.
Para outras informações, é disponibilizado à população um canal direto e gratuito pelo 0800 063 11 22 para atendimento às suspeitas da doença.
Foto: Keven Lopes