Três grandes organizações – a Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU e as agências norte-americanas NASA e NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) – confirmaram na sexta-feira que 2023 foi o ano mais quente de que há registro, ou seja, pelo menos desde 1850. Esta confirmação surge depois de a agência europeia Copernicus ter emitido a mesma declaração. Mais do que isso, o ano de 2023 bateu o recorde com uma margem grande e visível. De acordo com a OMM, o ano foi 1,45°C mais quente do que a média pré-industrial (1850-1900).
Com todos os grandes organismos confirmando que o aquecimento global é uma realidade, a questão é saber se 2023 será o pico ou apenas mais um passo na subida.
Segundo um dos principais analistas da NOAA, há 1/3 de hipóteses de 2024 ser ainda mais quente e 99% de hipóteses de se situar entre os cinco primeiros. Os cientistas afirmam que há dois fatores principais: as emissões de dióxido de carbono (de origem humana) e o fenômeno El Niño, que voltou a aquecer o Pacífico no ano passado (dificilmente controlável pelo homem).
De acordo com a NOAA, o ano de 2023 estabeleceu também o recorde da temperatura dos oceanos: a massa de água do planeta serve como um enorme “amortecedor de calor”, atenuando as anomalias de temperatura; quanto mais calor o oceano já tiver – menos será capaz de absorver mais e, por conseguinte, menos será capaz de “compensar” o aumento da temperatura do ar.
Fonte: euronews.pt