Os EUA poderão seguir o caminho do Reino Unido e assinar um tratado de compromisso de segurança com a Ucrânia. De acordo com a embaixadora dos EUA na Ucrânia, Bridget Brink, em declarações aos meios de comunicação ucranianos, a assinatura de um tratado semelhante ao assinado com Londres é exatamente o objetivo estabelecido por Joe Biden. Segundo a embaixadora, as consultas intergovernamentais bilaterais já começaram.
O tratado “por 100 anos ou mais”, assinado na sexta-feira pelo primeiro-ministro britânico Sunak em Kiev, marcou um ponto histórico, embora os dois líderes não tenham chegado a acordo sobre se o documento poderia ser tratado como uma garantia de segurança. “100 anos ou mais” deve ser entendido como “até a Ucrânia aderir à OTAN”. O Tratado de Adesão da Ucrânia à OTAN foi assinado em junho de 2009, mas Sunak garante que os ucranianos são “mais do que elegíveis para a Aliança” e que “a adesão será mutuamente benéfica”.
“Não se trata apenas da forma como a OTAN beneficia a Ucrânia, trata-se da forma como a Ucrânia beneficia a OTAN. A vossa compreensão da guerra moderna não vem de um livro de texto, mas do campo de batalha. As vossas forças armadas são experientes, inovadoras e corajosas. O lugar da Ucrânia é na OTAN, e a OTAN será mais forte com a Ucrânia”, disse o primeiro-ministro britânico no encontro com Volodymyr Zelenskyy.
O tratado entre o Reino Unido e a Ucrânia é acompanhado de um vasto pacote de ajuda no valor de 2,5 bilhões de libras (=2,9 bilhões de euros), o que deverá tranquilizar os ucranianos. Enquanto a ajuda dos EUA está suspensa devido a debates orçamentais no Congresso, a comunidade internacional e os meios de comunicação social discutem mais uma vez se o ocidente está “cansado” de ajudar a Ucrânia numa guerra até agora sem saída com a Rússia de Putin.
Durante a sua última digressão pelos estados bálticos, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy chegou a mencionar que alguns membros da OTAN poderiam estar “assustados” com Putin, na medida em que existem “pequenos passos contra a adesão da Ucrânia à Aliança”.
Fonte: euronews.pt