Com o início do período chuvoso, quintais e áreas externas tornam-se propícias para a proliferação de caramujos, especialmente do invasivo caramujo africano, já disseminado por todo o território brasileiro, inclusive no Tocantins. A Secretaria Municipal da Saúde (Semus) ressalta a importância de ações assertivas para combater esses moluscos e oferece informações cruciais sobre as doenças associadas a eles.
Anderson Brito, biólogo da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), destaca a catação manual como o método mais eficiente, preferencialmente nas primeiras horas da manhã ou à noite, quando os caramujos estão mais ativos. O profissional enfatiza a necessidade de proteção das mãos com luvas ou sacos plásticos durante essa atividade.
Alinhado ao Plano de Ação para o Controle de Achatina fulica do Ibama, Brito orienta sobre a necessidade de esmagar os caramujos, cobri-los com cal virgem e enterrá-los. Outra alternativa é descartá-los no lixo comum, desde que devidamente ensacados. Ressalta-se a importância de quebrar as conchas para evitar acúmulo de água, prevenindo focos do mosquito Aedes aegypti.
O biólogo desaconselha o uso de sal, indicando que, além de ser pouco eficaz contra os caramujos africanos, pode provocar desequilíbrio ecológico ao alterar a alcalinidade do solo.
Doenças transmitidas por caramujos africanos
O muco desses moluscos pode abrigar parasitas causadores de duas doenças distintas: angiostrongilíase abdominal e meningoencefálica humana. A angiostrongilíase abdominal, em muitos casos, não apresenta sintomas claros, embora alguns indivíduos possam vivenciar dor abdominal, febre, náuseas, vômito e diarreia. Por outro lado, a meningoencefálica humana manifesta sintomas mais graves, como intensa dor de cabeça, febre, vômito, rigidez de nuca e formigamento.
A população precisa adotar medidas preventivas, como manutenção regular dos quintais, remoção de entulhos e eliminação de potenciais locais de reprodução desses moluscos. A Semus destaca a relevância da conscientização para diminuir o risco de infecções e preservar a saúde pública.
Foto: Divulgação Semus