Em visita pelos países Bálticos, o presidente ucraniano apelou à unidade do ocidente na ajuda a Kiev. Na Lituânia, Volodymyr Zelensky alertou que as hesitações dos aliados ocidentais estão encorajando o presidente russo, Vladimir Putin, a ocupar toda a Ucrânia.
“Todos nós temos o azar de ter uma liderança inadequada na nossa vizinhança que gera infelicidade e falta de liberdade. Mas nunca mais seremos prisioneiros da geografia e não permitiremos que a Rússia destrua nem o nosso estado nem o deles, porque estamos juntos e unimos outros para termos poder conjunto”, afirmou.
O presidente ucraniano insistiu mais uma vez que se a Ucrânia perder a guerra, os outros vizinhos da Rússia arriscam-se a ser atacados. “Temos de compreender que a Lituânia, a Letônia, a Estônia e a Moldávia podem ser as próximas vítimas se não resistirmos”, avisou.
Durante o encontro, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, reafirmou o apoio militar, político e econômico do país a Kiev.
A deslocamento de Zelensky aos países Bálticos deverá também incluir uma visita pela Estônia e Letônia. Esta viagem de dois dias tem em vista preocupações com a segurança da região, esperanças da Ucrânia de se juntar à União Europeia e à OTAN, bem como parcerias na produção de drones.
Após os recentes ataques aéreos russos, Kiev solicitou uma reunião do Conselho OTAN-Ucrânia, com o propósito de fortalecer a defesa aérea do exército ucraniano.
Os analistas sublinham que os parceiros ocidentais de Kiev estão tendo dificuldade em acompanhar o ritmo das necessidades ucranianas, especialmente no que diz respeito à produção de mísseis, face à intensificação dos bombardeamentos em larga escala no país nas últimas semanas.
A curto prazo, a reposição do estoque de armamento ucraniano caberá aos europeus, uma vez que a ajuda militar norte-americana se encontra num impasse, por falta de acordo do Congresso.
Além de apoio financeiro e em armamento, os aliados ocidentais de Kiev têm decretado sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscou de financiar o custo da guerra na Ucrânia.
Fonte: euronews.pt