O deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos/TO) afirmou, nesta segunda-feira, 8 de janeiro de 2024, em suas redes sociais, que a data ficará marcada como um dos acontecimentos mais tristes da história. “Durante os ataques, inúmeras obras e relíquias foram quebradas; e eu fui até o Centro de Documentação e Restauração da Câmara dos Deputados para acompanhar de perto o trabalho excepcional dos profissionais que guardam o patrimônio e atuam na conservação e reconstrução dos objetos depredados. “A democracia nunca morrerá”, garantiu o parlamentar.
Em seguida, Ayres disse ainda: “É lamentável que, mesmo após os ataques às instituições em 8 de janeiro de 2023, ainda haja quem defenda tais ações. A tristeza e preocupação com esses eventos refletem a importância da democracia. A violência, o terrorismo e a desordem não são meios de resolver divergências políticas ou sociais. Que este acontecimento permaneça na nossa memória e nos livros de história, para que sintamos vergonha e nunca mais ousemos contrariar nossa Constituição”.
Com Informações da Assessoria de Imprensa
Foto: Ascom/Divulgação
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Confira o que foi destruído nos Três Poderes em Brasília:
Palácio do Planalto
- Obra As mulatas, de Di Cavalcanti — a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanhos. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti. Seu valor está estimado em R$8 milhões, mas peças desta magnitude podem alcançar valores até 5 vezes maior em leilões.
- Obra O Flautista, de Bruno Jorge — a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliada em R$250 mil.
- Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor da peça não foi informado. Segundo o governo, a recuperação do objeto é “muito difícil”.
- Obra Bandeira do Brasil, de Jorge Eduardo, de 1995 — a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o térreo do Palácio do Planalto, após vândalos abrirem hidrantes ali instalados.
- Galeria dos ex-presidentes — totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas. Ficava no térreo do Palácio do Planalto.
- Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg — quebrada em diversos pontos. A obra é constituída de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. O valor da peça está estimado em R$300 mil.
- Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck — exposta em um dos salões do Palácio do Planalto, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita.
- Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues — o móvel teve o vidro quebrado.
- O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços.
- Objetos e móveis da sala da primeira-dama, Janja da Silva.
- Diversos eletrônicos, como televisões, computadores e impressoras.
STF e Congresso
As listas preliminares dos objetos destruídos no Supremo Tribunal Federal e no Congresso ainda não foram divulgadas. No entanto, imagens feitas por jornalistas ou publicadas nas redes sociais dão conta dos seguintes itens:
- Brasão da República que fica no plenário do STF;
- Cadeiras dos ministros do STF;
- Porta do armário das togas do ministro do STF Alexandre de Moraes;
- Maquete tátil do Congresso Nacional;
- Bancada de votação no plenário da Câmara dos Deputados;
- Vitral Araguaia, de Marianne Peretti, e as esculturas Ulysses Guimarães e o Anjo, de Alfredo Ceschiatti, tiveram de ser limpas por servidores da Câmara;
- Diversos eletrônicos: televisões, computadores, impressoras e telefones;
- Mesas, cadeiras e armários dos prédios;
- Janelas do Congresso e do STF;
- Vidraças do STF (foram pichadas).
Com Informações do “O Globo”