Doenças em Gaza “podem matar mais do que a guerra”

Após mais de três meses de uma guerra que já fez mais de 22 mil mortos entre os palestinos, a Faixa de Gaza tornou-se um lugar "inabitável", dizem as Nações Unidas.

A UNICEF está particularmente preocupada com os casos de diarreia entre as crianças. A ONU diz que o território se tornou um local “inabitável”.

Após mais de três meses de uma guerra que já fez mais de 22 mil mortos entre os palestinos, a Faixa de Gaza tornou-se um lugar “inabitável”, dizem as Nações Unidas.

Citando Martin Griffiths, subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários, a porta-voz adjunta do Secretário-Geral da ONU, Stephanie Tremblay, diz: “Três meses após os horríveis ataques de 7 de outubro, Gaza tornou-se um lugar de morte e desespero”.

UNICEF alerta para os casos de diarreia entre as crianças. Os casos de diarreia em crianças com menos de cinco anos aumentaram de 48.000 para 71.000, o que constitui uma indicação de má nutrição. Normalmente, são registrados apenas 2.000 casos de diarreia por mês na Faixa de Gaza.

Os recém-chegados ao sul da Faixa de Gaza entram numa paisagem de miséria. A maior parte da água disponível está poluída.

O sistema de saneamento básico está em colapso e as casas de banho que funcionam são uma raridade. As doenças são galopantes entre as várias famílias espremidas em abrigos, casas ou na rua – erupções cutâneas, problemas respiratórios, diarreia e outras doenças intestinais.

Mousa Aabed, diretor dos cuidados de saúde primários no Ministério da Saúde em Gaza, advertiu que a ameaça de propagação da epidemia “pode resultar em mais mortes do que as causadas pela própria guerra”.

Hezbollah destrói posto de espionagem israelita

Hezbollah disse que destruiu todos os equipamentos de espionagem num posto militar israelita, em um dos sete ataques reivindicados neste sábado pelo grupo armado, enquanto aumentam os temores de que a guerra de Gaza se estenda a outros países próximos.

O exército israelita afirmou ter realizado novos ataques contra infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano. Hassan Nasrallah, líder do grupo xiita libanês, apoiado pelo Irã, tinha apelado à retaliação contra Israel, depois daquele que foi o primeiro ataque israelita em solo libanês desde 2006.

Nasrallah considerou que sua batalha contra Israel serve para equilibrar a balança de poder e abriu uma “oportunidade” para que o Líbano recupere territórios disputados em futuras negociações, que condicionou a um fim da guerra em Gaza.

Líbano apresentou uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU, acusando Israel de ter disparado seis mísseis no ataque que matou o líder do Hamas, Saleh al-Arouri, em Beirute.

Fonte: euronews.pt

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