O Presidente do Irã, Ebrahim Raisi, avisou os responsáveis pelo ataque bombista mortífero de quarta-feira que “pagarão um preço elevado”.
O balanço mortal do ataque foi ligeiramente revisto em baixa, relativamente aos números anteriores, depois de se descobrir que alguns nomes tinham sido contados em dobro. Pelo menos 84 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas nas comemorações do aniversário da morte de um importante general iraniano morto pelos EUA em 2020. Ninguém reivindicou a responsabilidade pelo que parece ser o mais sangrento ataque contra o Irã desde a Revolução Islâmica de 1979.
O presidente Raisi acusou Israel e os Estados Unidos de envolvimento, mas o Irã tem vários inimigos que podem estar por detrás do ataque, incluindo grupos de exilados, organizações armadas ou estados estrangeiros.
As imagens de satélite mostram uma multidão de várias centenas de pessoas reunidas junto à sepultura do general Qassem Soleimani, quando ocorreram duas fortes explosões.
Soleimani era chefe da brigada de elite dos Guardiães da Revolução iraniana e foi morto em 2020, num ataque ordenado pelos Estados Unidos, então liderados por Donald Trump. Quanto a este mais recente ataque, o Departamento de Estado norte-americano considera as acusações de envolvimento “ridículas”.
Diz Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA: “Os Estados Unidos não estiveram envolvidos de forma alguma, e qualquer sugestão em contrário é ridícula. Em segundo lugar, não temos razões para acreditar que Israel tenha estado envolvido nesta explosão”.
O atentado de quarta-feira surge no meio de tensões acrescidas na região, depois de o vice-líder do grupo palestino Hamas, apoiado pelo Irã, ter sido morto num aparente ataque de um drone israelita no Líbano. As autoridades iranianas declararam esta quinta-feira como um dia de luto nacional.
Fonte: euronews.pt