Foi em direto e na televisão, na tradicional mensagem de fim de ano, que a rainha Margarida II comunicou aos dinamarqueses que abdica do trono ao fim de 52 anos. A monarca abdicará do trono a 14 de janeiro, exatamente 52 anos desde que se tornou rainha. “Deixarei o trono para o meu filho, o príncipe herdeiro Frederik”, anunciou a rainha subiu ao trono após a morte do pai, o rei Frederico IX, em 1972.
Depois da morte da rainha Isabel II, em setembro de 2022, a rainha de 83 anos é a monarca mais antiga na Europa. No discurso explicou que a cirurgia a que foi submetida em fevereiro deste ano ajudou-a a pensar sobre o futuro e se teria chegado o momento de deixar a responsabilidade para a próxima geração. “Esta noite quero sobretudo agradecer, agradecer o apoio e carinho esmagadores que recebi ao longo dos anos”, disse a monarca, que pediu “a mesma confiança e afeto” para o futuro rei e para a mulher, a princesa Mary.
A Casa Real da Dinamarca, ao contrário do que aconteceu na Casa Real Britânica após a morte de Isabel II, não fará uma cerimónia formal de coroação para o príncipe herdeiro. Frederico tem 55 anos e será anunciado pelo palácio no dia em que a rainha e mãe abdicar e d Conselho de Estado, e reinará com o nome de Frederico X.
Nascida em 1940, Margarida II da Dinamarca é uma figura popular e muitos dinamarqueses, que apreciavam a sua diplomacia e criatividade, esperavam que ela permanecesse no trono até à sua morte. Até porque ela já tinha afirmado publicamente não ter intenções de abandonar o trono e que a condição de rainha “era um dever para toda a vida”.
No ano passado promoveu uma redução no número de membros da realeza, Isso levou a que os netos, filhos do seu filho mais novo e o irmão do futuro rei, o príncipe Joakim, fossem destituídos dos seus títulos reais.
Para lá de anunciar que vai abdicar, a monarca falou das guerras no Médio Oriente e na Ucrânia, bem como da importância de enfrentar o tema das alterações climáticas.
Na Dinamarca, o poder formal reside no parlamento eleito e no governo e a primeira-ministra, Mette Frederiksen, já agradeceu em comunicado à rainha a “sua dedicação de uma vida e incansável trabalho em prol da Dinamarca”.
Fonte: dn.pt





