Retrospectiva segurança pública: 2023 é marcado por trabalho intenso no combate ao crime organizado no Tocantins

De acordo com a SSP, o primeiro semestre foi o mais crítico, principalmente na capital.

A capital Palmas viveu um primeiro semestre de 2023 sangrento, com vários homicídios, principalmente na região sul. Com a intensificação das ações e graças à atuação da Polícia Militar e da Polícia Civil, diminuíram, no mês de julho, os índices de violência influenciados, principalmente, pela disputa de facções.

De acordo com o governo do Tocantins, o segundo semestre foi marcado por ações de repressão ao crime organizado. Segundo balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, essas ações resultaram na redução de 84% nos índices de homicídios na capital, quando – de 1º de janeiro a 30 de julho deste ano – foram registrados 96 homicídios, dos quais 70%, conforme as investigações, ocorreram por disputa entre facções.


Combate ao crime organizado

Ao longo do ano de 2023, a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deic Palmas), intensificou ações que resultaram nas prisões de dezenas de pessoas em flagrante ou foragidas da justiça; no desvendamento de crimes; na apreensão de ativos, dinheiro, drogas, veículos e demais itens que estavam em poder de criminosos que integram facções de renome nacional.

Dentre as operações que a Deic Palmas participou destaca-se a operação IL Padrino, uma ação conjunta deflagrada simultaneamente pela Polícia Civil do Distrito Federal e de estados como Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Essa operação teve ainda o apoio de uma força-tarefa composta por: Polícia Federal, Secretaria da Segurança Pública do Ceará, Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal.

A operação IL Padrino contou com um efetivo de cerca de 300 policiais e é resultado de investigação direcionada à apuração de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A apuração demonstrou que a organização criminosa é altamente hierarquizada e capitalizada, com atuação comprovada em diversos estados da federação, sendo que foi possível identificar e prender várias pessoas ligadas a essa organização, inclusive no Tocantins.

Pentágono

A Polícia Civil do Tocantins, em colaboração interestadual com a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, deflagrou uma das fases da operação Pentágono. A equipe da Gerência de Combate ao Crime Organizado da PJC-MT investigou a ação de um grupo criminoso que, no mês de abril, tentou roubar, com uso de explosivos, a caixa-forte da transportadora de valores na cidade de Confresa, MT.

Com apoio da Deic Palmas, foram realizadas prisões em diferentes cidades do estado e efetuadas entregas, à Polícia Civil de Mato Grosso, de armamento de grosso calibre, que foi apreendido durante a caça ao grupo criminoso na operação Canguçu, quando os mesmos buscaram refúgio no Tocantins.

Sarmat

A Polícia Civil do Tocantins também atuou ao lado de outras forças de segurança, em apoio à Polícia Civil do Ceará, durante as ações da operação Sarmat, que teve sua segunda fase deflagrada no dia 7 de novembro de 2023, com o objetivo de cumprir 40 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens, além do bloqueio de contas bancárias de um grupo criminoso do estado do Rio de Janeiro, que possui atuação nacional com o tráfico de drogas.

A ofensiva ocorreu, simultaneamente, em cidades de 12 estados. Cerca de R$9 milhões em dinheiro foram bloqueados e 17 veículos foram apreendidos. A operação contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e das polícias civis dos seguintes estados: Amazonas, Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Tocantins

O delegado titular da 1ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado – Palmas, Evaldo Gomes, ressalta que em 2023 não foi registrado nenhuma ocorrência de roubo tendo como vítimas instituições bancárias no estado do Tocantins, tampouco com natureza de extorsão mediante sequestro, crimes em que a divisão especializada possui atribuição para atuar em todo o estado.

Para o delegado Evaldo Gomes, as ações da 1ª Deic no ano de 2023 reafirmam o compromisso da Polícia Civil do Tocantins na promoção da segurança e na atuação, muitas vezes, em apoio às demais forças de segurança, visando tão somente a proteção de todo o cidadão tocantinense.

“Inicialmente, gostaria de agradecer o empenho e a dedicação de cada policial e demais servidores no cumprimento das ações de investigação que contribuíram em muito, sobretudo com outras unidades da federação, na localização de criminosos procurados e na desarticulação de verdadeiros braços financeiros que atuavam em cidades do Tocantins e estavam interligados com organização criminosa com ramificações em todo o Brasil. As ações investigativas da 1ª Deic, além de impedir a ocorrência de crimes graves, como roubos a bancos e ataques a carros-fortes, também frustraram planos que poderiam ser operacionalizados a partir do território tocantinense”, destaca.

O delegado titular da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), Afonso José Azevedo de Lyra Filho, destaca que as ações integradas em que a 1ª Deic tomou parte foram de fundamental importância para garantir a segurança de toda a população tocantinense. “Durante o ano de 2023, as equipes da 1ª Deic atuaram em estreita harmonia com as demais polícias de todo o Brasil, no enfrentamento à criminalidade no Tocantins. Por meio de um trabalho dedicado de inteligência e estratégia, foi possível localizar e prender foragidos da justiça daqui e de outros estados, apreender bens e demais ativos que estavam em poder de organizações criminosas, contribuindo assim para o enfraquecimento do crime organizado e trazendo mais paz e tranquilidade para toda a população”, complementa o diretor.

Fotos: Divulgação SSP-TO

 

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