David Kozak, um estudante de 24 anos da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Praga, foi identificado pelas autoridades checas como o autor do massacre levado a cabo durante a tarde desta quinta-feira no centro da capital da Chéquia.
De acordo com a imprensa local, o atirador abriu fogo com uma espingarda de cano alto desde o quarto piso do edifício da faculdade e matou pelo menos 14 pessoas e feriu 25.
Mas antes do tiroteio, a polícia recebeu um alerta sobre uma morte na localidade de Kladno, uma pequena cidade situado a 25 quilómetros a noroeste de Pagra, na região de Bohemia Central, onde viva o jovem, e chegou à conclusão de que o óbito era o pai do suspeito, que terá morto o progenitor, que era proprietário legal de várias armas. Segundo o jornal checo MF DNES, Kozac terá deixado o corpo do pai em casa e posteriormente rumado à universidade.
O atacante, que foi abatido pela polícia, estudava no Instituto de História Mundial da faculdade onde levou a cabo o ataque e em maio deste ano havia vencido o Prémio Marian Szyjkowski pela sua tese de licenciatura, concedido pelo Instituto Polaco de Praga para trabalhos focados na Polónia desde 2018.
A imprensa local indica que Kozak sofria de problemas psicológicos, mas ainda não se sabe os motivos do ataque.
Ainda assim, o atirado escreveu recentemente várias publicações nas redes sociais nas quais indicava que planeava realizar o massacre. Segundo o chefe da polícia local, Martin Vondrásek, o atirador inspirou-se num “acontecimento terrível semelhante no estrangeiro”. Afinal, o jovem havia escrito num canal do Telegram que queria realizar um tiroteio na escola e depois cometer suícido, tal como Alina Afanaskina fez no massacre da escola de Bryansk, na Rússia, há duas semanas.
“Sentei, esperei, sonhei, quis, mas Alina tornou-se o último ponto. Foi como se ela tivesse vindo do céu na hora certa”, disse Kozak, que indicou que ia fechar o canal “durante muito tempo” mas que o iria utilizar novamente poucas horas antes de executar o seu plano. “Este canal é um diário onde falo sobre minha vida antes do tiroteio”, escreveu.
Nas últimas horas, têm sido divulgadas nas redes sociais conversas de Kozak nos dias 12, 13, 17 e 19 deste mês, onde o jovem alertou que ia levar a cabo um massacre, sem especificar local ou ata.
“É um dia de merda… é uma vida de merda…”, tomo chá e tenho vontade de dar um tiro”; “Odeio o mundo e quero deixar o máximo de dor possível”; “Porra…, criaturas” e “Estou com um anel a escorrer-me pelas orelhas, como se fosse um vaga-lume, quero arrancar as orelhas”, são alguns dos textos que o atirador escreveu antes de abrir fogo em Praga.
Fonte: dn.pt