Ataque israelita no sul da Faixa de Gaza faz pelo menos 27 mortos

A guerra entre Israel e o Hamas fez, até agora, na Faixa de Gaza mais de 18.000 mortos, na maioria civis, e mais de 50.000 feridos, segundo as autoridades locais.

Na madrugada desta quinta-feira, um ataque israelita no sul da Faixa de Gaza, na zona de Rafah, fez pelo menos 27 mortos, segundo a estação de televisão Al Jazeera, que cita a agência de notícias palestiniana Wafa.

O ataque israelita terá atingido duas casas, segundo a Reuters.

Presidente da Comissão Europeia pede que se protejam civis

A presidente da Comissão Europeia defendeu esta quarta-feira que Israel tem o direito de garantir que não se repetem os ataques terroristas do movimento islamita Hamas de 7 de outubro, mas deve proteger os civis palestinianos.

“Israel tem o direito de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que nunca mais haverá um acontecimento horrível como o que aconteceu em 7 de Outubro”, quando terroristas do Hamas invadiram território israelita, mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de duas centenas, considerou Ursula von der Leyen na sessão plenária do Parlamento Europeu a decorrer em Estrasburgo.

Dito isto, Israel também tem o dever de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger os civis, mesmo que o Hamas os utilize como escudos humanos”, acrescentou.

A dirigente considerou que o Hamas “poderia por um fim [à guerra] ao parar com os combates”, ao libertar os reféns e deixar de se esconder atrás de civis, acrescentando que a par do apoio de emergência da União Europeia, também se deve voltar ao caminho da solução de dois Estados.

“Não pode haver paz a não ser que haja perspetiva de uma solução política, tanto para israelitas, como para palestinianos”, referiu von der Leyen, enumerando três áreas principais: os princípios que norteiam o “dia depois”, como a organização de uma conferência internacional sobre paz, a situação na Cisjordânia, em que se devem sancionar os autores dos ataques, e a necessidade de prevenir que os conflitos se propaguem a toda a região.

“Temos assistido a um aumento no número de tiros disparados pelo Hezbollah pró-iraniano através da fronteira israelita”, além dos ataques perpetrados pelos [rebeldes iemenitas] Huthis e o aumento do número de ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho, o que é “perigoso, mas ainda é possível impedir que a situação se agrave”, considerou.

 

No debate sobre a presidência espanhola do Conselho da União Europeia, a presidente defendeu “soluções europeias”, recordando o trabalho feito no reforço de fronteiras, no combate ao tráfico humano e nos repatriamentos.

“Precisamos de encontrar um novo equilíbrio com os países além das nossas fronteiras” disse a responsável, pedindo a gestão das fronteiras e o combate ao contrabando, além do intercâmbio de pessoas, o comércio e a criação de emprego.

“Esta abordagem começa a dar resultados na Tunísia, onde as partidas irregulares de Sfax abrandaram. Esperamos agora chegar em breve a um acordo com o Egito, onde a migração faça parte de uma parceria mais ampla”, referiu Ursula von der Leyen, que espera que seja possível finalizar ainda em 2023 o novo pacto sobre migração e asilo.

Fonte. dn.pt

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