Filho do presidente dos EUA acusado de crimes fiscais

Hunter Biden enfrenta um julgamento que, provavelmente, terá lugar em plena campanha para as eleições, marcadas para novembro de 2024.

O filho do presidente dos Estados Unidos, Hunter Biden, foi acusado de ter cometido nove crimes fiscais, informou a agência de notícias Associated Press.

Hunter “participou num esquema de quatro anos para deixar de pagar pelo menos 1,4 milhões de dólares em impostos federais que ele devia nos anos fiscais de 2016 a 2019”, disse o promotor especial David Weiss numa acusação de 56 páginas, apresentada no tribunal distrital da Califórnia.

Hunter Biden responderá a nove acusações por não declarar e pagar impostos, evasão fiscal e apresentação de declarações fiscais falsas, conforme o documento.

As novas acusações representam um constrangimento ainda maior para Joe Biden no momento em que o presidente democrata corre atrás do prejuízo na disputa pela reeleição e se defende de uma tentativa republicana de destituí-lo sob a alegação de que se beneficiou dos negócios internacionais do filho.

O filho de Biden, de 53 anos, já é acusado de três crimes relacionados com a compra e posse de armas – ilegal quando se consome drogas – , que adquiriu em 2018.

A Câmara dos Representantes dos EUA, controlada pelos republicanos, está também investigando Hunter Biden no âmbito das investigações sobre o pai, Joe Biden, por alegadas irregularidades, incluindo tráfico de influências para beneficiar membros da família em negócios.

No âmbito destas investigações, está previsto que o filho do presidente testemunhe perante o Congresso na quarta-feira, 13 de dezembro.

Em outubro, Hunter Biden declarou-se inocente num tribunal do Delaware das acusações de ter comprado uma arma em 2018, mentindo sobre o fato de não consumir drogas, apesar de mais tarde ter admitido que lutava contra o vício do crack.

As acusações contra o filho do líder democrata são o resultado de uma investigação aberta em 2018, durante a administração de Donald Trump (2017-2021), e que o próprio ex-presidente, agora candidato à nomeação presidencial republicana, usou para atacar Biden, o qual poderia enfrentar nas eleições de 2024.

A investigação, que já dura cinco anos, levou este ano a um acordo entre a defesa de Hunter Biden e a equipe de acusação liderada pelo procurador nomeado por Trump, David Weiss, o que poderia ter colocado um ponto final no caso.

No entanto, esse pacto fracassou e agora Hunter Biden enfrenta um julgamento que, provavelmente, terá lugar em plena campanha para as eleições, marcadas para novembro de 2024.

Fonte: dn.pt

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