Biden: sem Trump “não sei se me candidataria” em 2024

"Não podemos deixá-lo ganhar", frisou o presidente dos Estados Unidos, numa reunião com doadores democratas perto de Boston.

O democrata Joe Biden admitiu nessa terça-feira ter dúvidas se seria candidato a um segundo mandato presidencial, nas eleições de 2024, se o republicano Donald Trump não estivesse na corrida.

Mas não podemos deixá-lo ganhar“, acrescentou, numa reunião com doadores democratas perto de Boston (nordeste), referindo-se ao antigo presidente, que é atualmente o claro favorito nas primárias republicanas.

O democrata Joe Biden admitiu nesta terça-feira ter dúvidas se seria candidato a um segundo mandato presidencial, nas eleições de 2024, se o republicano Donald Trump não estivesse também na corrida à Casa Branca. O comentário do atual presidente dos EUA foi feito durante um evento privado de angariação de fundos com doadores democratas, perto Boston.

Se Trump não se candidatasse, não sei se me candidataria”, disse Biden, de 81 anos, citado pela CNN, sublinhando que os democratas “não podem deixá-lo vencer” e parecendo admitir que não tentaria o segundo mandato se Donald Trump não fosse candidato às eleições de 2024.

“Ele está nos dizendo o que vai fazer. Não está sequer tentando esconder”, avisou sobre o antigo presidente, que é atualmente o claro favorito nas primárias republicanas. Biden referiu os planos de Trump para acabar com o Affordable Care Act, sistema de saúde subsidiado pelo governo dos Estados Unidos, e recordou o comentário que o ex-presidente fez em New Hampshire, em novembro, quando ameaçou que iria “remover” os “bandidos da esquerda radical que vivem como vermes nos confins do nosso país”.

Este foi um de sete eventos de angariação de fundos para Biden na área de Boston nesta semana, inseridos numa campanha eleitoral que, acredita-se, poderá ultrapassar uns inéditos bilhões de dólares.

Até agora, os esforços de recandidatura de Biden já receberam um investimento antecipado record de 45 milhões de dólares (cerca de 41,7 milhões de euros), mais do que Trump e os seus aliados gastaram na campanha em 2019 (cerca de 33,8 milhões de euros) e uma diferença abismal em relação ao investimento feito por Barak Obama em 2011, que se fixou em cerca de 7,6 milhões de euros.

Fonte: dn.pt e Observador.pt

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